Trump prepara “anúncio histórico” em cúpula do Golfo que pode alterar o equilíbrio de poder no Oriente Médio
Cúpula EUA-Golfo na Arábia Saudita sob os holofotes: expectativa por anúncios impactantes
A Arábia Saudita se prepara para sediar um encontro de alto nível entre líderes do Golfo e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meados de maio. A cúpula, que marca a primeira visita de Trump à região durante seu segundo mandato, reacende especulações sobre possíveis anúncios de grande impacto.
Rumores intensos circulam em torno de um potencial reconhecimento americano de um Estado palestino e de um acordo de cooperação nuclear pacífica entre Washington e Riad. A expectativa em torno desses temas ganhou força após declarações do próprio Trump, que descreveu um anúncio futuro como “muito importante”.
Além das possíveis revelações, a agenda da cúpula e os acordos em discussão abrangem uma ampla gama de áreas, desde segurança e defesa até tecnologia e inteligência artificial. A presença de todos os líderes do Golfo é esperada, com a notável ausência do Rei Salman bin Abdulaziz, que tem se mantido afastado de eventos públicos devido a questões de saúde.
A possibilidade de Trump anunciar o reconhecimento de um Estado palestino, conforme indicado por uma fonte diplomática do Golfo, gerou grande repercussão. Tal movimento seria considerado uma mudança significativa no cenário geopolítico do Oriente Médio e poderia impulsionar novas adesões aos Acordos de Abraham. No entanto, o embaixador dos EUA em Israel, Mike Huckabee, negou tais declarações, reafirmando o forte apoio americano a Israel.
Outros analistas, como o ex-diplomata do Golfo Ahmed Al-Ibrahim, mostram ceticismo em relação a um anúncio sobre a Palestina, citando a ausência de figuras-chave como os presidentes do Egito e da Jordânia. Al-Ibrahim aposta em acordos econômicos robustos, possivelmente na magnitude dos US$ 400 bilhões em negócios firmados durante a cúpula de 2017, além de potenciais isenções tarifárias para os países do Golfo. A visita subsequente de Trump aos Emirados Árabes Unidos e ao Catar reforça a importância econômica da região para os EUA.
No âmbito da cooperação nuclear, o analista saudita Ahmed Boushouki esclareceu que a Arábia Saudita já possui um programa nuclear civil desde 2010, com planos em andamento para a construção de seu primeiro reator. Diversas empresas internacionais estão na disputa para participar desse projeto.
A iniciativa saudita segue o exemplo dos Emirados Árabes Unidos, que já operam a usina nuclear de Barakah, marcando um movimento estratégico de países do Golfo em direção à energia nuclear.
O mistério em torno do “grande anúncio” de Trump mantém a comunidade internacional em alerta, com a cúpula EUA-Golfo se configurando como um evento potencialmente transformador para a política e a economia do Oriente Médio.
