Trump põe pressão máxima no Hamas: grupo tem prazo para aceitar plano de paz em Gaza e recebe alerta
O presidente dos EUA, Donald Trump, deu um ultimato ao Hamas nesta terça-feira, concedendo ao grupo terrorista um prazo de três a quatro dias (96 horas) para responder ao seu plano de paz de 20 pontos focado em Gaza.
“O Hamas vai fazer isso ou não, e se não fizer, será um fim muito triste”, alertou Trump. Ele acrescentou que, caso o Hamas rejeite a proposta, “Israel fará o que tiver que fazer”. Quando questionado sobre a possibilidade de negociação no plano, Trump foi enfático: “Não muito”.
A divulgação dos detalhes do plano ocorreu após uma coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e uma ligação trilateral que incluiu o primeiro-ministro do Catar. Embora o ultimato seja rígido, uma fonte informada disse à CBS News que o Hamas e outros grupos palestinos estão inclinados a aceitar a proposta.
O que diz o plano de paz de Trump para Gaza
O plano detalhado visa o fim imediato da guerra e a reconstrução de Gaza como uma “zona livre de terrorismo e desradicalizada”. Os principais pontos incluem:
Fim da Guerra e troca de reféns/prisioneiros
A guerra terminará imediatamente após a concordância de ambos os lados.
Israel tem 72 horas para aceitar publicamente o acordo. Após isso, todos os reféns, vivos e mortos, devem ser libertados pelo Hamas.
Em troca da libertação total dos reféns, Israel libertará 250 prisioneiros condenados à prisão perpétua e 1.700 moradores de Gaza detidos desde 7 de outubro (incluindo todas as mulheres e crianças detidas nesse contexto).
Para cada refém cujos restos mortais forem libertados, Israel devolverá os restos mortais de 15 moradores de Gaza.
As operações militares, incluindo bombardeios, serão suspensas imediatamente, e as forças israelenses recuarão para uma linha de fronteira acordada.
Anistia e governo de transição
Membros do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e desmantelarem suas armas receberão anistia. Aqueles que desejarem deixar Gaza terão passagem segura.
Gaza será governada temporariamente por um comitê palestino tecnocrático e apolítico, responsável pela administração diária.
Este comitê terá a supervisão de um novo órgão internacional, o “Conselho da Paz”, liderado pelo próprio Donald J. Trump e contando com líderes como o ex-primeiro-ministro Tony Blair. Este Conselho administrará o financiamento da reconstrução até que a Autoridade Palestina (AP) conclua suas reformas e possa retomar o controle.
Ajuda e reconstrução econômica
Toda a ajuda humanitária será enviada imediatamente, sem interferência das partes, e será distribuída por meio das Nações Unidas, Crescente Vermelho e outras agências não associadas às partes.
Será elaborado um plano de desenvolvimento econômico de Trump para reconstruir e “energizar” Gaza.
O plano prevê a criação de uma Zona Econômica Especial com tarifas preferenciais para atrair investimentos, gerar empregos e oportunidades.
O documento assegura que ninguém será forçado a deixar Gaza, mas incentiva as pessoas a ficarem para “construir uma Gaza melhor”.
