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Trump coloca China no fogo cruzado e ameaça impor 155% de tarifas se acordo não sair do papel

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre a China nesta segunda-feira (20/10), ameaçando impor tarifas elevadas de 155% a partir de 1º de novembro. A medida extrema será aplicada caso as duas maiores economias do mundo não cheguem a um acordo comercial.

Apesar da ameaça, o republicano demonstrou otimismo, afirmando que “a China não quer conflito” e que espera fechar um “acordo comercial muito forte”. Ele planeja visitar Pequim no início de 2026, a convite do governo chinês, e representantes dos países devem se reunir nas próximas semanas, na Coreia do Sul, para uma nova rodada de negociações.

Escalada da tensão e o ponto central: terras raras

As negociações ocorrem em um cenário de alta tensão, exacerbada pela disputa em torno dos minerais críticos (terras raras), vitais para a produção de tecnologias avançadas (smartphones, carros elétricos, equipamentos militares).

Recentemente, a China — que detém quase o monopólio da extração e refino desses minerais — impôs novas regras, exigindo que empresas estrangeiras obtenham autorização para exportar mesmo pequenas quantidades e informem seu uso.O presidente americano classificou a restrição chinesa como “muito hostil” e retaliou com novas ameaças tarifárias. Além disso, ele cogita encerrar negócios com a China envolvendo itens como “óleo de cozinha e outros elementos de comércio”.

Trump justificou suas medidas como uma resposta à decisão da China de suspender a compra de soja americana em maio, o que ele chamou de “ato economicamente hostil” que prejudica os produtores dos EUA.

Apesar do impasse, que ainda tem um desfecho incerto, a China concordou em realizar uma nova rodada de negociações “o mais rápido possível” após uma videoconferência “franca e construtiva” com autoridades americanas no último sábado (18). Trump busca com a China um acordo comercial que, segundo ele, seja justo, seguindo a linha dos novos pactos fechados pelos EUA com outros países, incluindo o Brasil.

 AP: Evan Vucci

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