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Trump ataca ONU, Europa, Agenda do clima e reconhecimento da Palestina, e ameaça Venezuela em discurso incendiário

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou a tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira (23) para proferir um discurso com duras críticas a diversos temas globais. O magnata, em sua fala, questionou o papel da própria ONU, alertou para os riscos da imigração ilegal, classificou as mudanças climáticas como uma “farsa” e abordou questões geopolíticas como a guerra em Gaza, a ameaça nuclear do Irã e o conflito na Ucrânia.

Imigração e a crise europeia: “fronteiras abertas” levam países “para o inferno”

Trump abriu sua intervenção com um alerta severo sobre o que chamou de “experimento fracassado de fronteiras abertas”. Ele afirmou que a Europa enfrenta uma crise de imigração ilegal sem precedentes, descrevendo a situação como uma “invasão” que está levando o continente a “sérios apuros”. Em sua visão, a “escolha por ser politicamente correto” impede que os países europeus tomem medidas efetivas para lidar com a situação.

O presidente defendeu a postura de seu governo de “tolerância zero” contra a imigração ilegal e reiterou que a América pertence ao “povo americano”. Ele incentivou outras nações a adotarem uma postura semelhante para proteger seus cidadãos. Em sua fala, Trump declarou que a ONU deveria “impedir invasões, não criá-las ou financiá-las”.

“A maior farsa”: Trump ataca a agenda de mudanças climáticas

Trump, conhecido por sua posição cética em relação ao aquecimento global, chamou as mudanças climáticas de “a maior farsa já perpetrada no mundo”. Ele alegou que as previsões da ONU e de outras organizações, frequentemente motivadas por “razões equivocadas”, estão erradas. O presidente também criticou a China e a Índia por despejarem lixo no oceano, que, segundo ele, acaba nas costas dos EUA, enquanto políticas de energia verde prejudicam a indústria de nações desenvolvidas.

Para Trump, o objetivo dessas políticas “brutais” não é ajudar o meio ambiente, mas sim “redistribuir a atividade industrial e de manufatura dos países desenvolvidos que seguem as regras insanas que foram impostas” para países que “quebram as regras e estão fazendo fortuna”.

Gaza, Ucrânia e Outros conflitos: críticas à diplomacia e elogios a ações militares

Em uma parte mais tensa do discurso, do presidente exigiu a libertação dos reféns em poder do Hamas. Ele declarou que “aqueles que querem a paz devem se unir em uma mensagem: libertem os reféns agora”, e criticou as “exigências de resgate”. O ex-presidente afirmou que a guerra em Gaza deve ser imediatamente interrompida através da negociação, e destacou que os esforços de seu governo foram bem-sucedidos em resgatar “a maioria” dos reféns.

Sobre a guerra na Ucrânia, Trump repetiu a exigência de que os países da OTAN parem de comprar petróleo da Rússia, acusando-os de estarem “comprando petróleo e gás da Rússia enquanto lutam contra ela”. Ele também afirmou que a Índia e a China são os “principais financiadores” da guerra por comprarem petróleo russo.

Ele também usou a tribuna para justificar o uso da força militar dos EUA, referindo-se a uma operação no início do ano contra o Irã. Trump disse que a Operação Martelo da Meia-Noite utilizou sete bombardeiros B-2 que lançaram 14 bombas de 30.000 libras cada sobre instalações nucleares iranianas. Ele enfatizou que “nenhum outro país na Terra poderia ter feito o que fizemos” e que os EUA têm as melhores armas do planeta.

Em relação à Venezuela, Trump ameaçou bombardear organizações criminosas e redes de tráfico que, segundo ele, são lideradas por Nicolás Maduro, e que considera “inimigas de toda a humanidade”. Essa declaração ocorreu após o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condenar o “uso de força letal” em situações que não constituem conflito armado.

O propósito da ONU: uma organização ineficiente?

Em uma das partes mais críticas de sua fala, Trump questionou “qual é o propósito das Nações Unidas?”. Ele afirmou que a organização tem um potencial “enorme e tremendo”, mas que “não está nem perto de atingir esse potencial”. O ex-presidente alegou que a ONU se limita a “palavras vazias” e que ele próprio foi o responsável por encerrar sete guerras: entre Camboja e Tailândia, Kosovo e Sérvia, Congo e Ruanda, Paquistão e Índia, Israel e Irã, Egito e Etiópia, e Armênia e Azerbaijão. “É uma pena que eu tenha que fazer essas coisas em vez das Nações Unidas”, afirmou.

Para reforçar sua crítica, o ex-presidente fez uma piada com o teleprompter que estava com defeito no início do discurso. Ele disse que as únicas coisas que a ONU lhe deu foram “uma escada rolante que, na subida, parou bem no meio” e “um teleprompter que não funcionou”.

Reconhecimento da Palestina

O inquilino da Casa Branca também criticou os países europeus que reconheceram um estado palestino no início desta semana.

“Como se quisessem encorajar a continuidade do conflito, parte deste corpo está buscando reconhecer unilateralmente um Estado palestino. As recompensas seriam grandes demais para os terroristas do Hamas por suas atrocidades”, afirmou Trump

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