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Trump anuncia próximo passo: operações terrestres contra cartéis na América Latina; bombardeiros B-1 são vistos na porta da Venezuela

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quinta-feira que seu país em breve conduzirá operações terrestres contra cartéis de drogas na América Latina, como uma evolução das atuais ações. Trump justificou a medida, afirmando que os EUA “estão em guerra” contra essas organizações criminosas, que ele classificou como a “maior ameaça à segurança nacional”.

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente indicou que as ações terrestres seriam o “próximo” passo, embora tenha dito que o plano seria levado ao Senado e ao Congresso. Trump foi além e enfatizou que o objetivo de seu governo não é apenas “mitigar”, mas sim “eliminar” a ameaça.

Questionado sobre uma declaração de guerra formal, Trump esclareceu que não a considera necessária. Em vez disso, adotou uma retórica extrema: “Acho que vamos simplesmente matar as pessoas que trazem drogas para o nosso país. Certo? Vamos matá-las. Quer dizer, elas vão estar praticamente mortas”, afirmou. O presidente já havia sugerido a iminência de “algo muito sério” em terra, comparável às operações que já ocorrem no mar.

Escalada de ações militares

O anúncio de Trump ocorre em um contexto de aumento da presença militar dos EUA na região, iniciada em agosto no sul do Caribe, e intensificação dos chamados “ataques cinéticos” (ataques letais) contra pequenas embarcações suspeitas de narcotráfico. Inicialmente concentradas no Caribe, essas ações foram expandidas nesta semana para o Oceano Pacífico, resultando em mais de trinta mortes.

O presidente defendeu esses ataques, realizados em “águas internacionais”, argumentando que as drogas causaram a morte de cerca de 300.000 americanos, tornando o combate aos cartéis uma questão de segurança nacional. No entanto, o texto original ressalta que os EUA não apresentaram evidências para comprovar que as embarcações atacadas eram de fato de drogas, nem forneceram detalhes sobre as vítimas ou a legalidade das operações.

Tensão com a Venezuela

A pressão militar também se manifesta sobre a Venezuela. Na quinta-feira, bombardeiros B-1 da Força Aérea dos EUA voaram perto do espaço aéreo venezuelano, embora tenham permanecido em águas internacionais, segundo o The Wall Street Journal (reportagem que Trump negou). Esta ação segue uma “missão de demonstração de ataque” realizada por caças B-52H Stratofortress e F-35B na costa venezuelana na semana anterior.

Além disso, a Procuradora-Geral dos EUA, Pam Bondi, duplicou a recompensa pela prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sob a acusação de liderar um “cartel de drogas” — alegação que nunca foi comprovada. Caracas classificou as ações de Washington como “agressão”, com Maduro afirmando que a Venezuela é vítima de uma “guerra multifacetada” orquestrada para impor um “governo fantoche”.

Blocos regionais como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA) pediram respeito à declaração da região como zona de paz.

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