Trump anuncia destruição de instalação na Venezuela em nova ofensiva militar

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou em entrevista à rádio WABC, de Nova York, que as forças americanas “desmantelaram” uma grande instalação em território venezuelano. Segundo o mandatário, a operação ocorreu na última semana e teve como alvo uma unidade estratégica utilizada para o envio de embarcações ligadas ao narcotráfico.

Se confirmada, a ação representa uma mudança drástica na postura de Washington, marcando o primeiro ataque terrestre conhecido dentro da ofensiva antidrogas lançada contra o governo de Nicolás Maduro, superando os meses de pressão naval exercidos em águas internacionais.

Operação terrestre e falta de confirmação oficial

Durante a conversa por telefone, Trump afirmou que o ataque desferido “duas noites antes” atingiu a estrutura com “muita força”. Apesar das declarações enfáticas, o presidente não forneceu detalhes técnicos sobre a localização exata ou a natureza da unidade destruída.

Até o momento, a Casa Branca não emitiu comunicados oficiais confirmando a operação, e órgãos de imprensa americanos, como a NBC News, ainda não obtiveram verificação independente sobre o ocorrido. O anúncio ocorre em um contexto onde os EUA já vinham realizando dezenas de interceptações de barcos suspeitos, embora provas concretas sobre a carga dessas embarcações raramente tenham sido apresentadas ao público.

Pressão militar e autorizações de inteligência

A escalada nas tensões entre Washington e Caracas tem sido alimentada por uma série de autorizações recentes dadas pelo Salão Oval. Em outubro, o presidente já havia confirmado a permissão para que a CIA executasse ações não especificadas na Venezuela, um gesto raro de exposição de operações sigilosas.

Trump justifica a ofensiva alegando que o país sul-americano é responsável pelo tráfico de entorpecentes e por uma suposta abertura de prisões para enviar criminosos aos Estados Unidos, acusação que o presidente repete com frequência, mas sem apresentar evidências documentais. Em dezembro, o mandatário chegou a recusar-se a descartar um conflito bélico direto com o país vizinho.

O fator petróleo e a questão migratória

Além do combate ao narcotráfico, a disputa pelo controle dos recursos naturais e a crise migratória permeiam o discurso oficial. Durante a entrevista, ao ser questionado sobre a possibilidade de a Venezuela fornecer mais petróleo aos americanos caso Maduro fosse deposto, Trump concordou que a questão energética é um dos pilares da crise.

O presidente reforçou que o governo venezuelano teria “tomado o petróleo” que pertenceria aos interesses americanos e vinculou a segurança nacional à entrada de imigrantes que ele classifica como perigosos. Recentemente, a Marinha dos EUA intensificou o bloqueio a petroleiros sancionados, chegando a apreender embarcações na costa venezuelana para sufocar a economia do governo Maduro.

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