Trump afirma que apoiará Israel em ofensiva contra o Irã após reunião na Flórida

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Em um novo desdobramento das tensões no Oriente Médio, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira que apoiaria uma ofensiva israelense contra o Irã caso Teerã persista no desenvolvimento de mísseis balísticos e em seu programa nuclear.

Após reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Trump exaltou a eficácia dos bombardeiros estratégicos B-2 na neutralização de infraestruturas iranianas e alertou que os Estados Unidos estão prontos para agir novamente. Segundo o líder americano, qualquer tentativa de reconstrução das capacidades bélicas do regime será respondida com força total, visando encerrar a ameaça de forma definitiva.

Dossiê de inteligência e a pressão por ações preventivas

O encontro em Mar-a-Lago serviu para que Netanyahu apresentasse um dossiê detalhado sobre os esforços de Teerã para reerguer seu arsenal. A movimentação ocorre após visitas diplomáticas estratégicas, como a do senador Lindsey Graham a Israel, focadas especificamente na ameaça dos mísseis de longo alcance.

Trump destacou que a fragilidade econômica do Irã não tem impedido o regime de reprimir violentamente sua própria população, embora tenha evitado comentar diretamente sobre uma possível estratégia para a derrubada do governo dos aiatolás. Para o presidente americano, a estabilidade regional e os recentes acordos com países árabes só foram possíveis devido à postura firme contra a influência iraniana.

O impasse dos reféns e o futuro de Gaza

Sobre o conflito em Gaza, Trump reforçou a exigência de que o Hamas realize um desarmamento completo antes que o acordo de cessar-fogo avance para sua segunda etapa. O presidente abordou o caso sensível do sargento-mor Ran Gvili, tratando o retorno do militar — esperado pela família como sobrevivente — como uma missão para a devolução de seu corpo para um enterro digno em Israel.

Paralelamente, os planos para a reconstrução de Gaza já estão em pauta, com discussões sobre a criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF). Trump sugeriu uma possível participação da Turquia nessa coalizão multinacional, embora tenha condicionado a decisão final à aprovação de Netanyahu.

Tensões diplomáticas e o plano de paz de 20 pontos

Apesar da proximidade declarada entre os dois líderes, fontes de bastidores indicam focos de irritação na Casa Branca. Assessores americanos estariam frustrados com o que consideram uma demora deliberada de Jerusalém em avançar para as fases finais do acordo em Gaza e com a resistência israelense em alinhar posturas sobre o novo regime na Síria.

No entanto, canais diplomáticos como a Al Jazeera indicam que o cronograma para a força internacional segue previsto para o início de 2026, em conformidade com o plano de paz de Trump. Enquanto isso, o Irã, por meio de seu presidente Masoud Pezeshkian, declarou estar em “guerra em larga escala” contra o eixo ocidental, alegando que suas forças saíram fortalecidas dos confrontos recentes.

O indulto de Netanyahu e o suporte incondicional

No campo político-jurídico, Donald Trump voltou a exercer pressão sobre o presidente de Israel, Isaac Herzog, para que seja concedido um indulto a Benjamin Netanyahu. Chamando o premiê de “herói”, Trump afirmou que recebeu garantias de Herzog de que a medida de perdão judicial estaria encaminhada.

A declaração reforça o tom da Casa Branca de que Israel nunca teve um aliado tão próximo na presidência dos Estados Unidos, focando na implementação bem-sucedida do Plano de Paz de 20 Pontos para redesenhar a segurança regional no Oriente Médio.

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