Terremoto intenso nas Filipinas de 7,4 deixa mortos e centenas de feridos, causa destruição de prédios e deslizamentos de terra, e dispara alerta de tsunami.
Um forte terremoto de magnitude 7,6 abalou o sul das Filipinas na sexta-feira, atingindo a região de Mindanao. O sismo causou a morte de pelo menos 8 pessoas e deixou 430 feridos, além de disparar um alerta inicial de tsunami.
O tremor principal ocorreu às 9h43 (01h43 GMT) no mar, próximo à cidade de Manay, a uma profundidade de 10 km. O alerta de tsunami foi emitido pela agência sismológica filipina, que alertou para a possibilidade de ondas perigosas em um raio de 300 km do epicentro, e pela vizinha Indonésia, mas foi posteriormente suspenso pelo Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico.
Vítimas e danos
As vítimas fatais incluem pacientes que morreram de ataques cardíacos em um hospital durante o tremor e uma pessoa atingida por destroços na cidade de Mati. Um deslizamento de terra provocado pelo terremoto em uma remota vila de mineração de ouro em Pantukan, na província de Davao de Oro, resultou na morte de dois moradores e obrigou tropas do exército e voluntários a resgatar vários feridos.
O terremoto provocou pânico generalizado na região. Imagens nas redes sociais mostraram estudantes fugindo, apresentadores de rádio abandonando seus estúdios e pessoas se agachando no chão. O governador de Davao Oriental, Edwin Jubahib, descreveu o tremor como “muito forte”, relatando que “alguns prédios foram danificados”.
Houve relatos de danos à infraestrutura, como rachaduras na estrutura da Ponte Magsaysay, em Butuan. A professora Christine Sierte, de Compostela, perto do epicentro, descreveu o tremor como o “período mais longo” de sua vida, onde o teto de alguns escritórios desabou e alunos sofreram ataques de pânico. Em Davao, uma jornalista relatou rachaduras nas paredes da casa de sua família.
Tremores secundários e resposta oficial
Um forte tremor secundário de magnitude 6,9 atingiu a mesma área por volta das 19h (11h GMT), acionando um novo alerta de tsunami sobre possíveis ondas de mais de 1 metro acima das marés normais. Não houve, contudo, relatos imediatos de novas vítimas ou danos causados por este segundo sismo.
O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., afirmou que as autoridades estão avaliando a extensão dos estragos e preparando os esforços de busca e resgate. “Estamos trabalhando 24 horas por dia para garantir que a ajuda chegue a todos que precisam”, disse Marcos. Ordens de evacuação foram emitidas e escolas suspenderam as aulas nas áreas afetadas. Houve também cortes de energia em algumas regiões de Mindanao, com autoridades monitorando quatro empresas de energia.
Este sismo ocorre apenas 10 dias após outro terremoto mortal de magnitude 6,9 atingir a província de Cebu, matando 71 pessoas, sublinhando a vulnerabilidade do país, que se localiza no Anel de Fogo do Pacífico e registra mais de 800 tremores por ano.
