Tempestade solar intensa a caminho da Terra e dispara auroras boreais para dezenas de estados americanos
O céu noturno entre a segunda-feira, 22 de dezembro, e a terça-feira, 23 de dezembro de 2025, reserva um espetáculo raro para observadores em latitudes médias.
De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial da NOAA, a atividade solar recente pode resultar na visibilidade da aurora boreal em partes de até 16 estados do norte dos Estados Unidos, ampliando as chances de visualização que já começaram a ser monitoradas desde o último domingo.
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O fenômeno é impulsionado por uma tempestade geomagnética inicialmente classificada como nível G1 (menor), mas que possui potencial para escalar para o nível G2 (moderado). A origem dessa atividade está em um buraco coronal — uma abertura na atmosfera do Sol que permite a liberação de ventos solares em alta velocidade — que se encontra atualmente direcionado para a Terra.
Além disso, a formação de uma “região de interação co-rotativa”, criada pelo encontro de fluxos de ventos solares de diferentes velocidades, intensifica a turbulência no campo magnético terrestre, gerando as condições ideais para a iluminação atmosférica.

NOAA
Escuridão favorável e o tempo de observação
Um fator determinante para o sucesso da observação neste início de semana é a ausência de interferência lunar. Com a lua crescente apresentando apenas 2% de luminosidade e se pondo logo após o sol, o céu permanecerá suficientemente escuro para que mesmo as auroras mais tênues sejam detectadas.
Especialistas ressaltam, contudo, que a previsão exata do horário depende da oscilação da velocidade do vento solar, tornando essencial o acompanhamento de dados em tempo real através de aplicativos e monitores de clima espacial.
Onde e como presenciar o espetáculo
As chances de avistamento são maiores em estados como Alasca, Washington, Montana, Minnesota e Maine, estendendo-se por diversas regiões da fronteira norte americana. Para quem deseja registrar o momento, recomenda-se a busca por locais com baixa poluição luminosa e horizonte norte desobstruído.
Embora a olho nu o fenômeno possa aparecer como arcos acinzentados ou leitosos, as câmeras de smartphones modernos, quando configuradas com o Modo Noite ou longa exposição, conseguem captar as cores vibrantes e as nuances de oxigênio e nitrogênio reagindo na alta atmosfera.
O ciclo solar em atividade
Mesmo após o Sol ter atingido seu ponto máximo de atividade no final de 2024, o período atual demonstra que a estrela permanece em uma fase instável e altamente energética. As colisões de partículas carregadas com os gases da Terra continuam frequentes, permitindo que as luzes do norte sejam vistas em locais mais ao sul do que o habitual, consolidando 2025 como um ano excepcional para entusiastas da astronomia.


