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Temperaturas extremas deixam mortos na Itália e França fecha escolas enquanto onda de calor piora na Europa

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Uma onda de calor sem precedentes está assolando grande parte da Europa, resultando em proibições de trabalho ao ar livre, fechamento de escolas e atrações turísticas, e, infelizmente, mortes. Temperaturas recordes foram registradas em junho na Espanha e em Portugal, e os efeitos se espalham por todo o continente, exigindo medidas urgentes e levantando preocupações sobre a preparação para eventos climáticos extremos.

A onda de calor já causou ao menos três mortes. Na Espanha, um menino faleceu devido a uma insolação dentro de um carro na província de Tarragona. Na Sicília, Itália, uma mulher de 53 anos com problemas cardíacos morreu após desmaiar na rua em Palermo. No norte da Itália, um homem de 70 anos se afogou em um resort turístico perto de Turim, quando o calor intenso deu lugar a fortes tempestades e inundações repentinas.

Além disso, as internações em unidades de emergência hospitalares em algumas regiões italianas aumentaram entre 15% e 20% nos últimos dias, com a maioria dos pacientes sendo idosos sofrendo de desidratação.

Restrições no trabalho e alerta de sindicatos

Em mais da metade das regiões da Itália, incluindo os importantes polos industriais da Lombardia e Emília-Romanha, o trabalho ao ar livre foi proibido durante os períodos mais quentes do dia, geralmente entre 12h30 e 16h. Essa medida veio após a morte de Brahim Ait El Hajjam, um trabalhador da construção civil de 47 anos, que desmaiou em um canteiro de obras perto de Bolonha. Sindicatos como o CGIL Bologna e Fillea CGIL enfatizaram a necessidade de priorizar a segurança dos trabalhadores, alertando que “a emergência climática piorou claramente as condições para aqueles que trabalham ao ar livre todos os dias”. Dois outros trabalhadores adoeceram em um canteiro de obras no Vêneto, um deles em coma.

Fechamento de escolas e atrações turísticas

A onda de calor também forçou o fechamento de escolas em partes da França, onde sindicatos da educação alertaram para o calor perigoso nas salas de aula. Em Paris, que está em alerta máximo, os pais foram aconselhados a manter seus filhos em casa, e algumas outras cidades fecharam todas as escolas. O primeiro-ministro francês, François Bayrou, anunciou negociações para adaptar os edifícios escolares, muitos com isolamento precário.

Turistas na Europa também enfrentam o fechamento de atrações populares. O topo da Torre Eiffel em Paris foi fechado devido às temperaturas próximas dos 38°C, e o monumento Atomium em Bruxelas, conhecido por suas esferas de aço, teve seu horário de funcionamento reduzido.

Temperaturas Recordes e Incêndios Florestais

A Espanha e Portugal registraram recordes de temperatura em junho. Na Espanha, a temperatura média mensal foi 3,5°C acima da média histórica, e a província de Huelva, na Andaluzia, atingiu 46°C. Em Portugal, Mora registrou 46,6°C, a maior temperatura já vista em junho no país.

A Turquia tem sido particularmente afetada por incêndios florestais, com 263 focos registrados, forçando a evacuação de dezenas de milhares de pessoas. Incêndios também estão sendo combatidos na França e na Itália, especialmente nas ilhas da Sardenha e Sicília.

As violentas tempestades que sucederam o calor extremo causaram problemas no transporte. A operadora ferroviária nacional francesa SNCF suspendeu as viagens de trem entre a França e a Itália por vários dias. Além disso, a cidade de Cogne, no Vale de Aosta, Itália, ficou isolada por um deslizamento de terra.

Europa preocupada com o Futuro

Com a frente quente, conhecida como Bettina na Alemanha, se espalhando por quase todo o país com temperaturas se aproximando dos 40°C, grupos da indústria alertam que escolas, casas de repouso e hospitais não estão preparados para a intensidade e frequência desses eventos climáticos extremos. Cidades como Saragoça (39°C), Roma (37°C), Madri (37°C), Atenas (37°C), Bruxelas (36°C), Frankfurt (36°C), Tirana (35°C) e Londres (33°C) também enfrentam temperaturas acima do normal.

A situação atual ressalta a crescente necessidade de adaptação e preparação para um futuro com eventos climáticos mais intensos e frequentes.

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