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Surto misterioso atinge funcionários em hospital e gera alerta em Vitória

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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) está investigando casos de contaminação bacteriana no Hospital Santa Rita, em Vitória, que atende pacientes do sistema público e privado. A ocorrência, notificada nesta sexta-feira (24), levou à internação de 14 funcionários do hospital, sendo que dois deles estão em estado grave. Como medida preventiva, algumas cirurgias foram suspensas temporariamente e os bebedouros da unidade foram lacrados.

Técnicos da Sesa recolheram materiais como roupas de cama e insumos hospitalares para análise laboratorial, buscando identificar a bactéria causadora. A secretaria iniciou uma investigação imediata de uma possível intoxicação ou contaminação ambiental, ressaltando que todos os casos confirmados são de profissionais de saúde da unidade.

A Sesa informou, até a manhã de sexta-feira, não haver indícios de transmissão interpessoal ou novos casos recentes, sugerindo que o foco da contaminação está restrito ao ambiente e ao grupo de profissionais afetados. Em nota, a unidade hospitalar afirmou estar prestando assistência aos envolvidos e adotando medidas corretivas e preventivas. A investigação da Vigilância em Saúde da Sesa continua em andamento para esclarecer as causas. A secretaria não detalhou a origem do problema.

O Hospital Santa Rita reforçou que os atendimentos gerais seguem normais. No momento, seis funcionários estão em enfermaria e apenas um permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), todos com evolução clínica favorável.

Sindicatos da área de saúde (Sindienfermeiros, Simes e SITAEN-ES) acompanham o caso, enquanto o Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES) informou não ter sido acionado oficialmente.

Sintomas relatados

A esposa de um técnico de enfermagem infectado, que trabalha no centro cirúrgico, relatou o surgimento dos primeiros sintomas na última sexta-feira (17). O funcionário buscou atendimento médico no domingo (19) com fortes dores de cabeça e no corpo, febre alta, seguida de dificuldade para respirar e alterações na saturação e frequência cardíaca. Foi diagnosticado com pneumonia bacteriana.

“Além dele, muita gente está contaminada. Estamos com colegas internados usando oxigênio, outros em UTI. Ninguém sabe que bactéria é essa, como foi a contaminação,” afirmou a esposa, que preferiu não se identificar. Ela disse que o marido não precisou de internação e está em acompanhamento médico, usando antibióticos. Contudo, mencionou que os médicos ainda avaliam se a causa é bacteriana ou viral, já que o tratamento não tem apresentado resultados significativos.

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