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Supremo forma maioria e avança para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe

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Em uma decisão crucial, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), formou maioria na Primeira Turma para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. O voto da ministra se opôs diretamente aos argumentos de Luiz Fux, que havia votado pela absolvição de Bolsonaro.

Cármen Lúcia refutou a alegação de que o STF seria incompetente para julgar o caso, afirmando que a corte é o foro adequado. Ela também rejeitou a anulação do acordo de delação premiada de Mauro Cid, outro ponto levantado por Fux. Para a ministra, o ataque de 8 de janeiro de 2023 não foi um evento isolado, mas o resultado de um longo período de incitação a atos criminosos.

O voto de Cármen Lúcia é decisivo para o futuro do julgamento. Até o momento, o placar para a condenação de Bolsonaro está em 2 a 1, com os votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino a favor da condenação. Fux, por sua vez, defendeu a absolvição do ex-presidente por falta de provas e ainda argumentou que a defesa não teve tempo suficiente para analisar o material, o que, para ele, configurou um “cerceamento de defesa”. A decisão final dependerá do voto do ministro Cristiano Zanin.

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