Sucessão no STF: Lula recebe ministros em jantar no Alvorada para discutir vaga de Barroso
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou as negociações sobre a próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na última terça-feira (14/10), Lula recebeu ministros da Corte em um jantar no Palácio da Alvorada para discutir a sucessão de Luís Roberto Barroso, que se aposentará formalmente neste sábado (18/10).
O encontro contou com a presença do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF e auxiliar estratégico de Lula no tema.
Segundo fontes, durante a conversa, os ministros do STF teriam reforçado a Lula a importância de indicar um nome de peso e solidez para a Corte, especialmente em meio a julgamentos de alta sensibilidade política, como a ação penal que trata da “trama golpista”.
O nome preferido do STF e Senado
Nos bastidores, e até em manifestações públicas, membros do STF têm sinalizado preferência pelo nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado. Pacheco é visto como uma figura de centro e equilibrada, com experiência jurídica e bom trânsito entre as diversas frentes políticas.
Essa preferência é endossada pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e outras lideranças do Legislativo. A avaliação é que, se indicado, Pacheco teria uma aprovação praticamente por aclamação na Casa, facilitando o processo de sabatina e votação.
A opção pessoal de Lula
Apesar da forte sinalização do Judiciário e do Legislativo, o nome favorito de Lula para a vaga é o do atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias. Messias possui forte apoio dentro do PT e mantém uma relação de maior proximidade pessoal com o Presidente.
Lula afirmou que tomará uma decisão rápida, mas ainda deve consultar Alcolumbre para garantir o aval do presidente do Senado.
Rito e obstáculos:
O indicado por Lula precisará passar pelo crivo do Senado, sendo submetido inicialmente à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Posteriormente, o nome será levado ao plenário, onde necessitará do voto favorável de, no mínimo, 41 dos 81 senadores para ser confirmado.
Apesar da preferência de alguns setores por Pacheco, governistas acreditam que, mesmo que Messias seja o escolhido, ele não enfrentaria grande resistência tanto no STF quanto no Senado.


