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STF pode congelar bens de Bolsonaro por suporte a Eduardo nos EUA

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter seus bens bloqueados devido ao financiamento da estadia de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), e da família dele nos Estados Unidos. Bolsonaro já havia declarado publicamente que arca com os custos do filho no exterior, onde Eduardo estaria tentando negociar com o governo Trump uma anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado revelou que Bolsonaro já gastou R$ 8 milhões dos R$ 17 milhões arrecadados nas últimas eleições, e parte desse valor foi destinada ao filho. “Agora aumentou a despesa dele. Vi ele preocupado com alguns números ontem, porque está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos, que ele está ajudando também, não está barato morar nos Estados Unidos”, afirmou Machado.

Ainda segundo a jornalista, um magistrado indicou que a prisão preventiva do ex-presidente é uma das medidas cautelares que podem ser consideradas futuramente. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitou o depoimento de Bolsonaro no inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro por possíveis crimes de coação. “Dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”, justificou Moraes em seu pedido.

O inquérito contra Eduardo foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa o deputado de promover uma campanha de intimidação e perseguição contra membros da Suprema Corte, da PGR e da Polícia Federal. Em resposta, Eduardo classificou o Brasil como um “estado de exceção” e considerou o pedido da PGR “injusto e desesperado”. Além da abertura do inquérito, o STF já autorizou o monitoramento e a preservação das publicações de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais. Tanto ele quanto o ex-presidente deverão ser ouvidos em um prazo de dez dias.

Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde fevereiro deste ano, licenciado de seu mandato na Câmara dos Deputados, com o objetivo declarado de “focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”.

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