SP no escuro: mais de 1,5 milhão de imóveis seguem sem energia após Ciclone

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A metrópole paulistana amanheceu nesta quinta-feira (11) em meio a um cenário de grandes transtornos causados pelo forte vendaval da véspera, associado a um ciclone extratropical. Mais de 1,5 milhão de imóveis na Grande São Paulo permaneciam sem energia elétrica, dos quais pouco mais de um milhão estão localizados apenas na capital. A concessionária Enel, responsável pela distribuição, registrou uma queda em relação ao pico de 2 milhões de clientes às escuras na quarta-feira (10), mas a situação continuava crítica pela manhã.

A falta de luz teve efeitos em cadeia em diversos serviços essenciais. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 235 semáforos estavam apagados devido à interrupção no fornecimento de energia, elevando a lentidão na cidade a 203 km por volta das 7h. Além disso, o abastecimento de água foi impactado em várias regiões. Como medida de precaução e segurança, todos os parques municipais permaneceram fechados, com a reabertura individual de alguns locais sendo avaliada para o período da tarde.

A força dos ventos e as consequências imediatas

Os ventos, que atingiram rajadas de 98,1 km/h na Zona Oeste, foram o principal vetor dos estragos. A Defesa Civil confirmou que o fenômeno está ligado ao ciclone extratropical que afetou a Região Sul do Brasil. O resultado direto foram 231 quedas de árvores confirmadas pela prefeitura na capital, com 40 ocorrências ainda aguardando o apoio das equipes da Enel para serem finalizadas. O Corpo de Bombeiros também registrou 17 chamados para quedas de árvores e 10 para desabamentos/desmoronamentos nas primeiras horas da manhã desta quinta.

Aeroportos e ações do poder público

O vendaval também causou sérios problemas na aviação. No Aeroporto de Congonhas, 181 voos foram afetados na quarta, e nesta manhã, 13 voos já foram cancelados. O Aeroporto de Guarulhos também registrou cancelamentos e teve 31 voos alternados para outros terminais na quarta.

Diante do cenário e das falhas no serviço, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) reiterou que tomará medidas legais, acionando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Justiça para buscar providências contratuais contra a Enel, seguindo a linha de ações tomadas após os apagões de novembro de 2023.

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