Sob ordem de Moraes, perícia da PF examina Bolsonaro para validar pedido de cirurgia

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A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (17), a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para realizar uma perícia médica oficial no ex-presidente Jair Bolsonaro. O procedimento é fundamental para embasar a decisão do magistrado sobre o pedido de urgência feito pela defesa para a realização de uma cirurgia de correção de hérnias. O resultado da avaliação técnica da PF deve ser entregue à Corte na próxima sexta-feira (19), definindo os próximos passos do tratamento de saúde do ex-presidente.

O pedido de intervenção cirúrgica foi formalizado pelos advogados de Bolsonaro em 9 de dezembro, citando uma piora significativa no quadro de hérnia inguinal e crises persistentes de soluços. Inicialmente, o ministro Moraes negou o pedido sob o argumento de que os exames apresentados estavam desatualizados.

Após nova solicitação, foi autorizado que a própria equipe médica da defesa realizasse uma ultrassonografia nas dependências da PF no último domingo (14), exame que confirmou a existência de hérnias inguinais bilaterais, caracterizadas pela fragilidade da musculatura abdominal.

Relatórios apontam quadro de debilidade progressiva

De acordo com os relatórios médicos enviados ao Supremo, o estado de saúde de Jair Bolsonaro é classificado pela defesa como grave e complexo. Os documentos técnicos detalham que as constantes crises de soluço têm provocado um aumento intermitente na pressão abdominal, o que acentua as dores e o desconforto na região das hérnias. Os advogados sustentam que houve uma evolução clínica negativa e comprovada por imagens recentes, o que justificaria uma atuação imediata das autoridades para garantir o tratamento adequado.

Pedido de prisão domiciliar humanitária

Diante do cenário de debilitação relatado pelos médicos, a defesa de Bolsonaro elevou a pressão sobre o STF para que o pedido de prisão domiciliar humanitária seja analisado. Os defensores argumentam que a complexidade do quadro clínico exige cuidados que podem ser incompatíveis com o regime atual de detenção. Agora, a decisão sobre a autorização da cirurgia e a possível mudança no regime de prisão depende exclusivamente do laudo pericial da Polícia Federal que será anexado ao processo nos próximos dias.

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