Silas Malafaia na mira da PF: pastor evangélico é investigado por suposto apoio a plano golpista
O pastor Silas Malafaia, uma das figuras evangélicas mais influentes do país, está sob investigação da Polícia Federal. Ele foi incluído em um inquérito que apura ações contra autoridades, o Supremo Tribunal Federal (STF), agentes públicos e tentativas de obter sanções internacionais contra o Brasil. O mesmo procedimento já investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, as iniciativas tinham como objetivo obstruir o processo em que Jair Bolsonaro é réu por suposta tentativa de golpe de Estado. A inclusão de Malafaia foi vista como um desdobramento das investigações que miram ações de opositores a decisões do STF.
Defesa de Malafaia e acusações de perseguição
Após a notícia, o pastor se pronunciou em um vídeo nas redes sociais, classificando a inclusão no inquérito como “perseguição”. Malafaia afirmou que tomou conhecimento da situação pela imprensa antes de qualquer notificação oficial. Ele também ironizou a acusação de buscar sanções internacionais, dizendo não ter conhecimento de idiomas estrangeiros nem contato com autoridades fora do Brasil.
O pastor, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, negou ter cometido crimes e defendeu suas manifestações públicas e vídeos contra o ministro Alexandre de Moraes, alegando que todas as críticas se baseiam no suposto “descumprimento da lei” por parte do magistrado.
Em um tom mais agressivo, Malafaia comparou a atuação da PF à “Gestapo do nazismo” e à “KGB da União Soviética”, afirmando que o país estaria “caminhando para a venezuelização” e que não se calará diante do que chamou de “investigação política”. Ele finalizou o vídeo desafiando o STF e o Congresso a intervirem na situação e reafirmando que não tem medo de ser preso.
