Se você pertence ao Reino, você tem o maior tesouro!
“O Reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo.”
“O Reino dos céus também é como um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo o que tinha e a comprou.”
As semelhanças dessas duas curtas parábolas deixam claro que elas ensinam que o Reino dos céus é de grande valor. Ambas as parábolas envolvem um homem que vendeu tudo o que ele tinha para possuir o Reino. O tesouro e a pérola representam Jesus Cristo e a salvação que Ele oferece.
Jesus começou Sua parábola com as palavras: “O Reino dos céus é como …” O Reino de Deus é onde quer que a vontade de Deus seja feita. Jesus comparou o Reino de Deus ao tesouro escondido; significando que o Reino de Deus é o tesouro.
Jesus está nos dizendo que o Reino de Deus é muito mais valioso do que qualquer coisa neste mundo. Não há nada que se compare a um relacionamento amoroso com o Criador do universo!
O Reino dos céus é conhecer o Pai e o Rei. É escutando Sua voz; é ter Sua paz, alegria, Seu amor e poder. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente” (João 10:10).
A vida fora do Reino de Deus não é o que Deus pretendia que fosse. É uma vida separada de Deus (Isaías 59: 2).
Jesus veio e ofereceu o Reino. Todo aquele que escolhe confiar Nele tem vida no Reino, que é a vida ao máximo!
Ele está dizendo a Seus discípulos, o que compara em valor à nova vida que o Senhor deseja lhes dar. Se você pertence ao Reino, você tem o maior tesouro! Este tesouro é dado livremente por Deus, o Rei, a todos que confiam Nele.
Em ambas as parábolas, os tesouros estão ocultos, indicando que a verdade espiritual esta escondida e não pode ser encontrada pela sabedoria mundana. Mateus 13:11-17 e 1 Coríntios 2:14 deixam claro que os mistérios do Reino estão escondidos de alguns que são incapazes de ouvir, ver e compreender essas verdades. Portanto, os desobedientes colhem as conseqüências naturais de sua incredulidade, que é a cegueira espiritual. Pelo contrário, aqueles cujos olhos são abertos pelo Espírito discernem a verdade espiritual e compreendem seu grande valor.
Nos tempos de Jesus, as pérolas eram especialmente valiosas. Então Jesus continua a parábola, referindo-se a um homem que encontrou uma pérola muito valiosa. Este homem, ao contrário do outro, estava procurando ativamente por tesouros. Esse homem era como as pessoas que tinham ouvido e escutado as profecias de Deus, e estavam esperando o Messias, o Salvador, vir. Mesmo que essas pessoas estivessem procurando pelo Reino de Deus, quando finalmente o encontraram, foi muito mais precioso do que eles haviam esperado.
Assim como na primeira parábola, o homem de bom grado desistiu de tudo o que possuía para obter a pérola. Ele também sabia que nada que possuía poderia comparar ao grande tesouro que ele finalmente encontrou.
Observe que o comerciante parou de procurar pérolas quando encontrou a pérola de grande preço. A vida eterna, a herança incorruptível e o amor de Deus através de Cristo constituem a pérola que, uma vez encontrada, torna desnecessária a busca adicional.
Cristo cumpre nossas maiores necessidades, satisfaz nossos anseios, nos torna íntegros e limpos diante de Deus, acalma e sossega nossos corações e nos dá esperança para o futuro. O “grande preço”, claramente, é o que foi pago por Cristo para nossa redenção. Ele se esvaziou de Sua glória, veio à terra na forma de um homem humilde e derramou Seu precioso sangue na cruz para pagar a penalidade pelos nossos pecados.
O Reino de Deus vale muito mais do que qualquer outra coisa. A ênfase não está naquilo que abandonamos, mas na nova vida insondável que está sendo oferecida a nós.
O ponto dessas duas parábolas é o grande valor de fazer parte do Reino de Deus. Ambos os homens de bom grado e alegremente desistiram de tudo para reivindicar seu novo tesouro. Jesus deixa claro que não devemos deixar que nada nos impeça de entrar no Reino de Deus.
É verdade que o Reino está disponível para nós somente pela graça através da fé; mas fé genuína significa genuinamente adotar e ceder ao Reino de Deus, não simplesmente reconhecê-lo e depois ignorá-lo, como se ele não existisse. O Reino é um tesouro, e aqueles que realmente acreditam, sacrificarão tudo em sua vida para possuí-lo.
Para esclarecer ainda mais esta parábola, vemos na primeira parábola, onde o homem descobre o tesouro puramente por acidente. Ele acabou de encontrar-lo enquanto trabalhava no campo de uma outra pessoa. Essa é a maneira que Cristo entra na vida de algumas pessoas. Eles estão vivendo suas vidas com ou sem problemas e, de repente, eles ouvem a mensagem do evangelho que transforma toda a sua vida.
No segundo caso, o homem está procurando algo de grande valor e ele tem um objetivo bem definido em mente, a pérola perfeita. Da mesma forma, uma pessoa pode estar procurando por um significado real em sua vida. Eles podem ter tentado muitas coisas com satisfação apenas parcial. Então eles se deparam com o evangelho de Jesus e eles sabem que aqui está a resposta que eles estavam procurando. Todo o demais é abandonado, pois eles agora se concentram inteiramente em seguir o caminho de Jesus.
Uma vez que realmente entendamos o que significa viver sob o senhorio de Deus, uma vez que temos uma compreensão plena da visão de vida que Jesus propõe, então o resto se transforma em insignificância. E, quaisquer que sejam os atrativos que possam surgir, sabemos que não há outro caminho a percorrer. Jesus é o caminho, Jesus é a verdade e Jesus é vida; e nós não trocaríamos o Seu caminho por nada.
“Mas o que para mim era lucro, passei a considerar como perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da Lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé. Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Filipenses 3:7-11).
Salete Sartori colunista do Devocional do dia