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Rússia testa supertorpedo Poseidon, capaz de burlar defesas e causar tsunami nuclear

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O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira que Moscou realizou com sucesso um teste do torpedo Poseidon. Esta arma é um drone submarino movido a energia nuclear, capaz de carregar uma ogiva nuclear de longo alcance e projetada especificamente para anular as defesas antimísseis convencionais.

Em encontro com soldados feridos, Putin confirmou o marco: “Pela primeira vez, conseguimos não só lançá-lo com um motor de lançamento a partir de um submarino, como também lançar a unidade de propulsão nuclear na qual este dispositivo passou por um certo período de tempo. Isto é um enorme sucesso.”

A ameaça estratégica do Poseidon

O sistema Poseidon, apelidado na mídia ocidental de “supertornado nuclear”, é oficialmente o Sistema Oceânico Multiuso Status-6. Sua tecnologia representa uma escalada significativa na dinâmica estratégica global:

O torpedo pode carregar uma ogiva nuclear, com algumas fontes sugerindo um poder de até 100 megatons. Segundo analistas, o Poseidon opera em altas velocidades (até 54 nós) e pode alcançar profundidades de 1.000 metros, tornando-o extremamente difícil de detectar e interceptar.

Seu propósito principal é atuar como um fator de dissuasão estratégica, contornando os sistemas de defesa antimíssil balístico dos EUA, que foram desenvolvidos após a retirada americana do Tratado ABM de 1972.

Putin ressaltou a singularidade da arma, afirmando que “O poder do Poseidon supera em muito o do nosso míssil intercontinental mais avançado, o Sarmat. Não há nada igual no mundo.”

Implicações catastróficas e pressão global

O teste do Poseidon ocorre em um momento de alta tensão entre EUA e Rússia. A arma levanta sérias preocupações estratégicas, ambientais e de controle de armas:

Analistas especulam que o Poseidon pode ser uma “bomba de cobalto”, projetada para maximizar a contaminação radioativa a longo prazo, ou desencadear um “tsunami nuclear” contra cidades costeiras. Modelos sugerem que uma detonação poderia tornar uma área de aproximadamente 1.700 por 300 quilômetros inabitável.

O teste intensifica o debate global sobre o controle de armas nucleares, aumentando a pressão sobre os Estados Unidos e a OTAN para que reconsiderem as políticas de defesa e se adaptem à introdução de drones nucleares submarinos capazes de burlar os escudos antimísseis.

A possibilidade de implantação do Poseidon em submarinos russos eleva os riscos de segurança nuclear e de escalada no conflito, exigindo adaptações nas negociações entre Washington e Moscou.

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