Rússia está pronta para a guerra com a Europa, diz Putin, acusando líderes europeus de não quererem a paz
Em um comunicado incisivo, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que, embora a Rússia não deseje um conflito com a Europa, está “pronta agora mesmo” se os países europeus iniciarem uma guerra.
Putin criticou veementemente os líderes europeus por rejeitarem as “exigências maximalistas” de Moscou para encerrar o conflito na Ucrânia, que incluem a cessão de território ucraniano e a redução do seu exército. Ele classificou a contraproposta europeia, que mantém a adesão da Ucrânia à OTAN como uma possibilidade, como “absolutamente inaceitável”.
O líder russo acusou a Europa de interferência direta, afirmando que as demandas europeias “não são aceitáveis para a Rússia” e que a Europa está “impedindo que o governo dos EUA alcance a paz na Ucrânia”.
Esses comentários de Putin ocorreram antes das negociações de paz agendadas com a delegação americana, composta pelo enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e seu genro, Jared Kushner. O encontro de terça-feira com Witkoff, acompanhado por apenas um intérprete, focou na última proposta de paz apoiada pelos EUA.
Apesar de os EUA liderarem esta rodada de negociações, líderes europeus têm insistido para que o presidente Trump adote uma postura rígida contra Putin, evitando recompensar a Rússia pela invasão da Ucrânia. A intervenção europeia ocorreu após o vazamento do controverso plano de paz de 28 pontos de Trump, que era amplamente favorável à Rússia. A contraproposta europeia eliminou as concessões exigidas da Ucrânia, sustentando que o país deve permanecer fortemente fortificado para atuar como um “porco-espinho de aço” e impedir futuras incursões russas na Europa.
Adicionalmente, Putin ameaçou retaliar os portos ucranianos em resposta aos recentes ataques à frota paralela russa no Mar Negro. A reunião com os enviados americanos sucedeu o encontro de uma delegação ucraniana com o Secretário de Estado, Marco Rubio, para discutir os detalhes do atual plano de paz de 19 pontos. Rubio alertou que “ainda há muito trabalho a fazer” para garantir o fim do conflito, considerado o mais sangrento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.


