Rússia e Ucrânia trocam fogo intenso de drones e mísseis; OTAN envia caças para a fronteira polonesa; vídeos
A escalada do conflito entre Ucrânia e Rússia ganhou um novo capítulo neste fim de semana, com os dois lados trocando ataques “massivos” que deixaram civis mortos e feridos. As investidas aconteceram após um período de meses de tensão crescente, com os ataques aéreos russos se tornando cada vez mais frequentes.
Rússia confirma ataque “massivo” com drones e mísseis
Na madrugada de sábado (20), a Força Aérea Ucraniana informou que a Rússia lançou um ataque de grande escala, utilizando mais de 600 drones e mísseis. O Ministério da Defesa russo confirmou o ataque, afirmando ter atingido “empresas do complexo militar-industrial ucraniano” responsáveis pela produção de mísseis, drones e outros equipamentos. Segundo o governo russo, “os objetivos do ataque foram alcançados” e “todos os alvos designados foram atingidos”.
Apesar da alegação russa, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a defesa aérea do país interceptou a maioria dos projéteis. No entanto, ele confirmou que o ataque deixou ao menos três mortos e dezenas de feridos. Os ataques russos atingiram várias regiões da Ucrânia, incluindo a cidade de Dnipro e as áreas de Mykolaiv, Chernihiv e Zaporizhzhia. Em uma publicação na rede social X, Zelenskyy afirmou que um míssil com munições de fragmentação atingiu diretamente um prédio de apartamentos em Dnipro, classificando a ação como uma estratégia russa para “aterrorizar civis”.
Rússia é alvo de contra-ataque
Em resposta, a Rússia informou que seus sistemas de defesa aérea interceptaram e destruíram 149 drones ucranianos. Segundo a agência estatal russa RIA Novosti, os ataques aéreos ucranianos atingiram a região de Samara, no sudoeste da Rússia, resultando na morte de quatro pessoas e um ferido. O governador de Samara, Vyacheslav Fedorishchev, confirmou que as instalações de combustível e energia da região foram atingidas.
OTAN reforça defesa após drones russos entrarem no espaço aéreo polonês
A intensificação dos ataques russos causou preocupação na OTAN, especialmente após um incidente na semana passada em que cerca de 24 drones russos entraram no espaço aéreo polonês. Em resposta, a aliança militar lançou a Operação Sentinela Oriental para reforçar a defesa aérea em sua fronteira leste.
O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslav Sikorski, sugeriu que a OTAN deveria abater drones russos que operam sobre o oeste da Ucrânia. No sábado, a Polônia e aliados mobilizaram aeronaves e colocaram sistemas de defesa aérea em estado de alerta máximo para garantir a segurança de seu espaço aéreo, após a Rússia lançar ataques aéreos contra o oeste da Ucrânia, próximo à fronteira polonesa.


