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Rússia classifica as últimas medidas de Trump como “ato de guerra” e adverte sobre as consequências globais

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O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente, Dmitry Medvedev, reagiu veementemente ao cancelamento da cúpula de Budapeste e às novas sanções do presidente dos EUA, Donald Trump, contra as gigantes petrolíferas russas Lukoil e Rosneft, chamando as ações de um “ato de guerra” e declarando que Trump está em “guerra total” contra a Rússia.

Medvedev criticou Trump, a quem chamou de “pacificador” antes de o acusar de se alinhar com a “Europa louca” e de ter feito do conflito na Ucrânia “o conflito dele” (de Trump), mais do que de seu antecessor, Joe Biden. Ele sugeriu que esta escalada liberta a Rússia para atacar todos os “esconderijos” de Kiev com uma variedade de armas, focando na vitória “no terreno” em vez de em “acordos sem sentido”.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, através de sua porta-voz Maria Zakharova, descreveu as medidas de Trump como “contraproducentes” e alertou que, se a administração seguir o caminho de sanções ilegítimas de seus antecessores, isso resultará em “fracasso” político para os EUA e será “negativo para a estabilidade da economia global”. Zakharova afirmou que a Rússia desenvolveu uma “firme imunidade” às restrições ocidentais.

Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu que as sanções terão “certas consequências” para a economia russa, mas negou que sejam um “grande impacto”. Ele as chamou de um “ato hostil” que prejudica as relações bilaterais que estavam começando a melhorar, mas afirmou que a Rússia não tomará decisões sob pressão. Putin também alertou que quebrar o “equilíbrio energético global” que a Rússia e a Arábia Saudita ajudam a manter levaria à disparada dos preços do petróleo em todo o mundo, incluindo nos EUA.

As sanções, que visam a Lukoil, a Rosneft e 34 subsidiárias, foram anunciadas pelo Departamento do Tesouro dos EUA em resposta à suposta “falta de compromisso sério da Rússia com um processo de paz para encerrar” o conflito na Ucrânia.

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