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Reino Unido garante escudo aéreo: tropas para proteger céus e portos da Ucrânia em negociações com o Pentágono

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O Reino Unido está se preparando para enviar tropas à Ucrânia como parte de um plano de segurança pós-guerra, mas com uma ressalva importante: os soldados britânicos não serão deslocados para o combate direto na linha de frente contra a Rússia. A informação será comunicada pelo chefe das Forças Armadas britânicas, Almirante Tony Radakin, durante reuniões no Pentágono em Washington, nesta quarta-feira.

O objetivo do encontro, que reúne 30 países, é definir o que cada nação está disposta a contribuir para a segurança ucraniana. Espera-se que Radakin confirme o compromisso do Reino Unido em fornecer suporte logístico e treinamento para as forças ucranianas. A decisão reflete o que o secretário de defesa britânico, John Healey, já havia sinalizado: a Grã-Bretanha está pronta para ajudar a garantir “céus e mares seguros”, mas descarta o envio de batalhões de combate.

A mobilização planejada de até 30.000 soldados para proteger instalações ucranianas, uma ideia que circulava entre autoridades, foi reduzida devido à oposição de alguns países europeus. Fontes britânicas afirmam que a presença de tropas seria focada em apoio logístico para proteger o espaço aéreo e os portos da Ucrânia, evitando qualquer situação que possa resultar em confronto direto com a Rússia.

Trump apoia Garantias de Segurança

O avanço nas negociações foi impulsionado pelo sinal verde do presidente dos EUA, Donald Trump, que na segunda-feira se mostrou disposto a fornecer garantias de segurança à Ucrânia. Em uma conversa com o líder da oposição britânica, Keir Starmer, e outros líderes mundiais, Trump indicou que as garantias poderiam ser “semelhantes ao Artigo 5” da OTAN, que considera um ataque a um membro como um ataque a todos.

Essa declaração desencadeou uma série de atividades diplomáticas. Starmer, por exemplo, informou mais de 30 líderes mundiais sobre o que foi discutido na Casa Branca. Segundo um porta-voz de Downing Street, equipes de planejamento dos países envolvidos se reunirão com suas contrapartes americanas para “fortalecer ainda mais os planos” e se preparar para o envio de uma força de segurança, caso as hostilidades cheguem ao fim.

Compromissos americanos sob análise

As reuniões no Pentágono estão sendo monitoradas de perto, principalmente para entender o nível de compromisso dos EUA. Embora Trump tenha assegurado que não enviará tropas americanas para o território ucraniano, os planos britânicos de mobilização de suas próprias forças demonstram a seriedade dos preparativos para um possível acordo de paz.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, expressou otimismo, afirmando que espera que as garantias de segurança sejam finalizadas em “uma semana ou 10 dias”. Apesar de alguns especialistas europeus duvidarem que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite até mesmo um envio limitado de tropas da OTAN, autoridades britânicas insistem que os preparativos são sérios e que o Reino Unido e seus parceiros estão prontos para agir quando necessário.

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