Putin ordena enormes exercícios militares no sudoeste da Rússia
A medida da Rússia leva a Ucrânia a planejar seus próprios exercícios militares como um seguro contra qualquer escalada em sua fronteira.
O presidente Vladimir Putin ordenou exercícios militares rápidos envolvendo 150.000 pessoas e centenas de aeronaves e embarcações navais para garantir a “segurança no sudoeste da Rússia”, segundo o Ministério da Defesa.
Os exercícios de sexta-feira visam testar a prontidão do exército russo para garantir “segurança no sudoeste da Rússia, onde permanece uma séria ameaça de terrorismo”, além de se preparar para os jogos de guerra no Cáucaso-2020, afirmou o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, em comunicado.
“De acordo com a decisão do comandante em chefe das forças armadas russas, exercícios rápidos estão sendo conduzidos por tropas dos distritos militares do sul e do oeste”, disse ele.
Os exercícios envolvem quase 150.000 funcionários, incluindo tropas aéreas e infantaria marinha das frotas do norte e do Pacífico, disse o ministério.
Os exercícios também envolvem mais de 400 aeronaves e 100 embarcações e serão realizados nos mares Negro e Cáspio, entre outros lugares.
Reação da Ucrânia
Como resposta aos exercícios russos, a vizinha Ucrânia disse na sexta-feira que também realizaria exercícios militares, aos quais esperava que os parceiros da Otan se unissem, como um seguro contra qualquer escalada resultante em suas fronteiras orientais.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Andriy Taran, disse ao parlamento que os exercícios incluirão fogo antiaéreo e serão realizados no final de setembro no sul da Ucrânia.
As relações entre Moscou e Kiev estão tensas desde 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia da Ucrânia e apoiou um levante armado separatista no leste da Ucrânia que permanece ativo.
Os confrontos entre tropas ucranianas e forças apoiadas pela Rússia mataram mais de 13.000 pessoas desde 2014, apesar de um acordo de cessar-fogo firmado em 2015.
“Essa resposta assimétrica mostrará a prontidão das forças armadas da Ucrânia em rejeitar dignamente todas as tentativas da Federação Russa de exacerbar a situação ou iniciar hostilidades em larga escala”, afirmou Taran.
Ele disse que Kiev convidaria os países da Otan para participar do evento.