Putin envia bombardeiros nucleares às portas do Reino Unido e mobiliza caças da OTAN em resposta imediata

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Em um movimento que elevou o estado de alerta na Grã-Bretanha e entre os aliados da OTAN, o Kremlin autorizou o envio de bombardeiros estratégicos Tu-95MS para uma missão de longo alcance sobre o Mar da Noruega em pleno período natalino. A manobra russa, vista pelo Ocidente como uma provocação calculada, mobilizou imediatamente caças de forças estrangeiras para monitorar e rastrear as aeronaves russas, conhecidas pela designação “Ursos”.

O incidente ocorreu em uma região estratégica entre a Escócia, a Noruega e a Islândia, rota considerada porta de entrada para o espaço aéreo britânico, exacerbando as tensões já críticas em decorrência do conflito na Ucrânia.

A exibição de força do Kremlin

O Ministério da Defesa da Rússia confirmou a operação, detalhando que os bombardeiros cumpriram uma jornada superior a sete horas sobre águas neutras. A missão não foi solitária, contando com o suporte de caças Su-33 da Marinha Russa, o que reforçou o caráter militar da incursão. Embora Moscou tenha tratado o voo como uma atividade programada, a escolha do Natal ocidental para a execução da manobra foi interpretada como um gesto simbólico, já que a Rússia segue o calendário ortodoxo e celebra a data apenas em janeiro.

Os Tu-95MS, máquinas movidas a hélice que operam desde a Guerra Fria, permanecem como um dos pilares da capacidade nuclear de Vladimir Putin, tendo sido utilizados recentemente em ataques reais contra alvos civis e de infraestrutura na Ucrânia.

O contraste entre a paz e o conflito

Enquanto os céus do norte eram patrulhados por bombardeiros, o presidente Volodymyr Zelensky dirigiu-se à nação ucraniana com uma mensagem de Natal carregada de simbolismo e severidade. Em seu discurso, Zelensky mencionou a tradição de que os desejos feitos na noite de Natal se realizam, aludindo de forma implícita, mas contundente, ao fim do regime de Putin ao citar o desejo comum de muitos ucranianos pela “queda” do agressor. O líder ucraniano contrastou essa revolta legítima com um pedido mais amplo por paz, justiça e pela vitória da soberania nacional, ressaltando que o país merece o fim das hostilidades após anos de resistência.

Ataques persistentes e tentativas de trégua

A retórica de Zelensky aconteceu em um momento de frustração diplomática, poucas horas após Kiev sugerir um congelamento das linhas de frente e a criação de zonas desmilitarizadas para garantir um alívio humanitário no feriado. No entanto, a resposta russa foi traduzida em novos ataques; cidades como Kharkiv e Sumy foram alvos de bombardeios que atingiram redes de energia e deixaram feridos na véspera de Natal. A continuidade das agressões por parte de Moscou, somada à exibição de sua tríade nuclear no Atlântico Norte, sinaliza uma postura de confronto ininterrupto, ignorando os apelos por um cessar-fogo sazonal.

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