Prisão de Bolsonaro causa Indignação e é classificada como “sátira” por advogado de Trump
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro neste sábado (22) provocou uma forte reação nos Estados Unidos, com o advogado do presidente Donald Trump, Martin de Luca, utilizando as redes sociais para manifestar sua insatisfação. De Luca classificou a decisão como um “desrespeito” ao governo norte-americano, que havia reduzido as tarifas sobre o Brasil na última quinta-feira (20).
Em sua publicação, o advogado atacou a fundamentação apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes, definindo a justificativa como “tão frágil que beira a sátira”. De Luca citou os motivos alegados para a detenção: uma “violação da tornozeleira eletrônica” não especificada, sem qualquer prova ou esclarecimento; uma vigília pacífica realizada em frente à residência do ex-presidente; e, o que ele chamou de “inacreditável”, o fato de Bolsonaro residir a apenas 13 km da Embaixada dos EUA.
Alegação de risco de fuga é questionada
Martin de Luca ironizou o argumento de Moraes de que a proximidade da Embaixada Americana poderia facilitar uma tentativa de fuga. “Moraes argumentou que, porque Bolsonaro mora a uma curta distância de carro da Embaixada Americana, ele poderia tentar fugir para lá. Como se os Estados Unidos, que sancionaram Moraes por abusos de direitos humanos, fossem contrabandear Bolsonaro para fora do Brasil”, criticou.
O advogado de Trump afirmou ser “difícil imaginar um insulto mais gratuito” ao seu cliente, destacando que a prisão preventiva no Brasil exige “evidências concretas de risco de fuga, atos objetivos de obstrução” e a constatação de que medidas menos severas não seriam eficazes. Segundo De Luca, Moraes não apresentou nenhuma dessas provas, limitando-se a descrever um “plano de fuga hipotético baseado em geografia, especulação e medo de uma multidão pacífica”.
Momento da prisão é visto como má-fé
O momento da prisão também foi um ponto de ofensa para o advogado, que considerou o timing “desafiador” logo após a redução de tarifas pelo governo Trump. Ele concluiu que prender um ex-presidente com base na distância de sua casa até a Embaixada dos EUA “não é Estado de Direito. É má-fé.” e representa uma “demonstração extraordinária de desrespeito para com o governo Trump”, que agiu de boa-fé “apenas algumas horas antes”.


