Polônia e aliados da OTAN endurecem o tom contra a Rússia, prometendo abater caças russos que invadam seu espaço aéreo
Em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, enviou um aviso direto à Rússia: “Se outro míssil ou aeronave entrar em nosso espaço sem permissão… e for abatido… não venham aqui reclamar”. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, reforçou a mensagem, afirmando que a decisão de abater objetos voadores será tomada sem hesitação caso violem o território do país.
Alegações de incursões e a reação da OTAN
As declarações da Polônia surgem após uma série de incidentes recentes. A Estônia relatou que três jatos russos MiG-31 invadiram seu espaço aéreo por 12 minutos. O evento se soma a outras violações, como a entrada de 20 drones russos na Polônia e uma incursão separada na Romênia, que foram combatidos por caças da OTAN.
O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, apresentou evidências como impressões de radar e fotos dos jatos russos armados, chamando a violação de “cristalina” e acusando a Rússia de mentir. Por sua vez, a Rússia, por meio de seu porta-voz Dmitry Peskov, negou as acusações e disse que a Estônia não apresentou “dados objetivos” para sustentar suas alegações.
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Løkke Rasmussen, disse que a Rússia age como se pudesse “agir impunemente” na Ucrânia e na Europa Oriental, o que gera o temor de que os países vizinhos “sejam os próximos”.


