PL recorre contra Motta e tenta garantir a liderança da minoria para Eduardo Bolsonaro
O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, recorreu de uma decisão do presidente da Casa, Hugo Motta, que barrou a nomeação de Eduardo Bolsonaro como líder da minoria. O documento do recurso, apresentado na terça-feira (24), critica a decisão de Motta por ser monocrática, ou seja, tomada por uma única pessoa, e não por um grupo.
O principal motivo para a oposição indicar Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos por tempo indeterminado, é que o cargo de líder o protegeria de possíveis sanções devido ao seu alto número de faltas. A Constituição permite a cassação de parlamentares que faltam a um terço das sessões no ano, e o cargo de líder pode servir de blindagem, já que a presença do líder é considerada automática em algumas situações. Desde julho, Eduardo registrou 23 faltas não justificadas e só esteve presente em 13 sessões.
Em sua decisão, Motta justificou que o exercício do mandato e o cargo de líder exigem a presença física do parlamentar, já que o líder precisa orientar votações e participar de reuniões. A Secretaria-Geral da Câmara também destacou que Eduardo não comunicou formalmente sua saída do país, o que é exigido pelo regimento interno.
