PGR aponta Bolsonaro e aliados como réus por tentativa de golpe
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou nesta quinta-feira (13) a necessidade de manter a denúncia que busca transformar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros aliados em réus pela suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A manifestação da PGR ocorreu após as defesas do chamado núcleo central, composto por Bolsonaro e outros sete nomes, apresentarem seus argumentos. Entre os envolvidos estão: General Walter Braga Netto (ex-ministro); Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin); Almir Garnier Santos (ex-comandante da Marinha); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência); Mauro Cid (ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa).
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concluiu que a denúncia contém elementos suficientes para que os acusados sejam transformados em réus. No documento, Gonet também abordou um dos principais argumentos das defesas: o pedido de impedimento do ministro relator Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para julgar o caso. Segundo a PGR, essa questão deveria ser analisada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e destacou que o caso já foi avaliado pelo plenário do STF após a conclusão do relatório da Polícia Federal.
Além disso, o documento da PGR validou as provas coletadas pela Polícia Federal e rebateu as alegações das defesas de que não tiveram acesso aos autos do processo. “O volume dos documentos disponibilizados às defesas corresponde à complexidade da acusação e com ela os dados guardam estrita pertinência”, afirmou a PGR.
