Perícia oficial atesta necessidade de cirurgia e tratamento imediato para Bolsonaro
A situação clínica de Jair Bolsonaro (PL) passou por uma nova avaliação técnica realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística. O laudo da perícia médica concluiu que o ex-presidente apresenta um quadro de hérnia inguinal bilateral, condição que exige intervenção cirúrgica para reparação. Embora o documento classifique o procedimento como de caráter “eletivo”, os peritos destacam a importância do tratamento para evitar o agravamento do estado geral de saúde do ex-mandatário.
Além da questão herniária, a junta médica debruçou-se sobre as crises de soluços constantes, uma das queixas recorrentes de Bolsonaro. Os especialistas recomendaram a realização de um bloqueio do nervo frênico, procedimento considerado tecnicamente pertinente para o caso. Segundo o documento, essa intervenção deve ocorrer com brevidade, uma vez que o quadro tem se mostrado resistente aos tratamentos convencionais, prejudicando o sono e a alimentação do periciado. Há ainda o alerta de que o esforço abdominal causado pelos soluços pode aumentar a pressão interna e elevar o risco de complicações nas hérnias.
O cenário médico gerou reações no campo político. Após visitar o pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, o senador Flávio Bolsonaro (PL) criticou publicamente a condução do caso pelo Judiciário. O parlamentar direcionou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-o de morosidade na autorização para o procedimento cirúrgico. Flávio classificou a situação como um risco de saúde grave e fez um apelo para que o relator do processo priorize o bom senso, argumentando que os laudos médicos já comprovam a urgência da intervenção.


