Paz em Gaza “muito perto”: Trump cogita viagem ao Oriente Médio
O presidente Donald Trump indicou na quarta-feira que um acordo de paz para encerrar a guerra em Gaza está “muito perto” e revelou que pode viajar ao Oriente Médio no final da semana, possivelmente no domingo, para acompanhar as negociações.
“Talvez eu vá lá, em algum momento perto do fim da semana. Talvez no domingo, na verdade, e veremos”, disse Trump na Casa Branca. Ele afirmou que “há uma boa chance de acontecer” e elogiou a equipe americana de negociadores.
Progresso nas negociações e plano de Trump
Os enviados dos EUA, Steve Witkoff e Jared Kushner (genro de Trump, que facilitou os Acordos de Abraão), estão atualmente no Egito, discutindo os detalhes de um possível acordo entre Israel e o Hamas, cujo conflito se arrasta desde 7 de outubro de 2023.
Trump expressou otimismo, afirmando que as negociações estão “indo muito bem” e que o acordo seria a concretização de uma “frase linda: Paz para o Oriente Médio”.
A base para as discussões é um plano de 20 pontos apresentado por Trump em 29 de setembro, durante a visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O plano propõe:
- Anistia para terroristas do Hamas que entregarem suas armas.
- Estabelecimento de Gaza como uma “zona livre de terrorismo desradicalizada”.
- Reconstrução da área.
Trump havia alertado o Hamas que a rejeição do acordo resultaria em “um enorme derramamento de sangue”. Em um sinal de avanço, o Hamas anunciou na sexta-feira que concordou em libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, como parte da proposta.
Detalhes finais e envolvimento regional
Negociadores israelenses e do Hamas se reuniram recentemente na cidade egípcia de Sharm El Sheikh, com a presença de Kushner e Witkoff.
Fontes diplomáticas indicam que as negociações estão se resumindo a “alguns pontos”, como a lista de nomes de prisioneiros e a administração dos corredores de retirada. O avanço é tanto que o gabinete israelense está se reunindo para votar os próximos passos.
Trump enfatizou que o processo é inédito, envolvendo não apenas o Hamas, mas “todos os países muçulmanos” e “todos os países árabes”, incluindo nações ricas. “Isso nunca aconteceu antes”, ressaltou o presidente, reforçando sua expectativa de que a viagem ao Oriente Médio ocorra no final de semana, no sábado ou domingo.
