Paulo Figueiredo solicita sanções contra Moraes ao governo Trump
Em uma audiência no Congresso norte-americano, em Washington, o jornalista Paulo Figueiredo solicitou nesta terça-feira (24) que o governo dos Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump, imponha sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Figueiredo, que reside nos EUA, é um dos 34 indivíduos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por seu suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado em 2022, sendo apontado como um dos responsáveis por disseminar desinformação. A Justiça brasileira afirma que ele não apresentou defesa às acusações.
Durante a sessão da Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, presidida pelo congressista James P. McGovern, Figueiredo se referiu a Moraes como um “ditador disfarçado de juiz” e alegou ser vítima de perseguição por parte do magistrado desde 2019. Ele detalhou as ações que teriam sido tomadas contra ele: “Em 2022, o Alexandre de Moraes, ministro do STF, ditador do Brasil disfarçado de juiz, voltou a me perseguir por relatar verdades incômodas. Ele congelou todos os meus bens no Brasil, bloqueou minhas redes sociais, cancelou meu passaporte e me condenou ao exílio.”
O jornalista afirmou que seu caso não é um incidente isolado, mas sim parte de uma “campanha sistemática”, mencionando os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também está nos EUA, e Carla Zambelli (PL-SP), atualmente na Itália, ambos investigados pelo STF.
Figueiredo também mencionou a acusação de Moraes, que o chama de “fugitivo”, e a existência de um suposto mandado secreto contra ele, impedindo sua defesa formal. Ele expressou incerteza se seu nome consta na Interpol.
A audiência ocorre em um momento de debate sobre a implementação da Lei Magnitsky Global, que permite aos Estados Unidos aplicar sanções a autoridades estrangeiras implicadas em violações de direitos humanos, o que inclui congelamento de bens e restrições de viagem.
