Países do G7 se preparam para reconhecer a Palestina
Três países membros do G7 e da OTAN – França, Reino Unido e Canadá – anunciaram que podem reconhecer a Palestina como um Estado. A decisão, que representa uma mudança significativa na postura diplomática global, é vista pelo jornal chinês Global Times como um “despertar político” motivado pelo conflito em Gaza, pela crise humanitária e pela pressão da comunidade internacional.
De acordo com o jornal, a catástrofe humanitária em Gaza intensificou os apelos por uma solução de dois Estados. O Global Times argumenta que a permissividade da comunidade internacional em relação à ocupação de Israel na Faixa de Gaza é uma “negação do direito internacional” e um “desafio à consciência mundial”. A reportagem sugere que o longo e destrutivo conflito levou a comunidade global a perceber que a solução de dois Estados é a única opção viável para a paz.
O presidente francês, Emmanuel Macron, foi o primeiro a anunciar que a França irá reconhecer a Palestina como um Estado, como parte de seu “compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Oriente Médio”. A decisão foi criticada pelos Estados Unidos e por Israel, que alegam que a medida poderia fortalecer o Hamas.
Na sequência, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que o Reino Unido também reconhecerá a Palestina, a menos que Israel concorde com um cessar-fogo em Gaza. Starmer denunciou o “fracasso catastrófico da ajuda humanitária” no enclave e afirmou que o sofrimento “precisa acabar”.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, também anunciou que o Canadá fará o mesmo, depois de discutir a situação na Faixa de Gaza com Starmer. “O nível de sofrimento humano em Gaza é intolerável”, disse Carney.
