Países da OTAN reforçam presença de grupo de ataque de porta-aviões próximo à China
Em um cenário de crescente podem meio erio militar chinês, nações europeias da OTAN têm enviado seus porta-aviões ao Indo-Pacífico, uma estratégia que, segundo especialistas, visa auxiliar os Estados Unidos a conter Pequim e, ao mesmo tempo, manter a segurança na Europa. Reino Unido, França e Itália, com seus maiores e mais capazes navios de guerra, estão contribuindo para uma presença naval contínua na região, demonstrando uma “responsabilidade estratégica compartilhada”.
A China, que atualmente possui a maior marinha do mundo em número de embarcações, com mais de 370 navios e submarinos, tem intensificado suas atividades navais no Pacífico Ocidental. Recentemente, pela primeira vez, o exército chinês enviou dois porta-aviões simultaneamente para a região, um claro sinal de sua crescente capacidade.
Preocupação chinesa e vazio de poder dos EUA
Liu Pengyu, porta-voz da Embaixada Chinesa em Washington, D.C., expressou preocupação com a crescente presença militar de países externos à região, afirmando que ela “prejudica a paz e a estabilidade na Ásia-Pacífico”.
Essa expansão chinesa ocorre em um momento em que os EUA realocaram dois de seus porta-aviões, o USS Carl Vinson e o USS Nimitz, para o Oriente Médio devido a tensões na região, criando uma lacuna de poder naval no Pacífico Ocidental. É nesse contexto que a presença europeia ganha relevância.
O porta-aviões britânico HMS Prince of Wales está atualmente em uma missão de oito meses no Indo-Pacífico. Em abril, o porta-aviões francês FS Charles de Gaulle concluiu uma missão de cinco meses na região, unindo-se a porta-aviões das marinhas dos EUA e do Japão. No ano passado, o ITS Cavour, porta-aviões italiano, também liderou um grupo de ataque em uma implantação de cinco meses no Indo-Pacífico.
Desde 2008, nove nações da OTAN estabeleceram a Iniciativa de Interoperabilidade do Grupo Europeu de Porta-aviões, buscando manter uma presença contínua na região por meio de implantações sequenciais.
Sidharth Kaushal, pesquisador sênior do Royal United Services Institute no Reino Unido, explica que o papel dessas implantações de porta-aviões europeus é mais diplomático e estratégico do que estritamente militar. Elas sinalizam compromissos de engajamento com parceiros regionais e com princípios como a liberdade de navegação.
Emma Salisbury, pesquisadora do Conselho de Geoestratégia do Reino Unido, acrescenta que as operações de presença naval visam moldar percepções e comportamentos de potenciais adversários, ajudando a deter agressões e demonstrar determinação sem recorrer ao conflito. A presença britânica, por exemplo, “reflete não apenas uma projeção de poder militar e alcance operacional, mas também um compromisso com parcerias internacionais, estabilidade regional e ordem internacional baseada em regras”, disse Salisbury.
O comércio também é um fator crucial. Krzysztof Sliwinski, professor associado da Universidade Batista de Hong Kong, destaca que o comércio britânico com a Ásia depende de rotas marítimas que atravessam pontos estratégicos no Indo-Pacífico. A Itália, uma economia voltada para a exportação, também se beneficia de rotas marítimas abertas na região.
A França, com territórios no Pacífico como a Nova Caledônia e a Polinésia Francesa, busca proteger seus interesses marítimos e mitigar os “impactos negativos” da crescente presença econômica, política e militar da China na região.
Enfrentando a ameaça chinesa e a dissuasão coletiva
As crescentes atividades navais da China ocorrem em um momento de disputas territoriais em águas contestadas, como o Mar da China Oriental, o Estreito de Taiwan e o Mar da China Meridional. O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, já alertou que a China está cada vez mais disposta a recorrer à força e pediu maior cooperação de defesa conjunta para deter a agressão chinesa.
Sliwinski enfatiza que as implantações de porta-aviões europeus no Indo-Pacífico demonstram uma “responsabilidade estratégica compartilhada”, permitindo que os EUA aloquem recursos para outras áreas vitais enquanto as forças navais europeias ajudam a garantir a estabilidade regional. O envio de múltiplos porta-aviões aliados amplifica a dissuasão contra potenciais hostilidades chinesas, pois “uma demonstração coletiva de força naval complica a capacidade da China de agir agressivamente”.
Apesar da importância dessas missões, Kaushal ressalta que os porta-aviões europeus desempenham um papel de “apoio” no Pacífico Ocidental, com utilidade limitada em combate direto, dada a falta de munições e logística local necessárias para operar perto da China, que possui uma sofisticada capacidade de “antiacesso/negação de área”.
No entanto, o compromisso europeu com o Indo-Pacífico é mantido mesmo com a Rússia no radar. Salisbury explica que as implantações de porta-aviões no Pacífico são um instrumento diplomático e não comprometem recursos que seriam necessários em uma contingência europeia. Sliwinski destaca que Reino Unido, França e Itália têm alocado recursos navais tanto para a Europa, enfrentando ameaças no Mar do Norte e no Mediterrâneo, quanto para o Indo-Pacífico.

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china o fantasma da terceira mundial .Se uma situação de confronto será apocalíptico no mundo o fim humanos.Sim daí disse o mesmo será se assim for certeza.