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OTAN intensifica apoio aéreo para proteger a Polônia de incursões russas

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Em resposta a uma recente incursão de drones russos no espaço aéreo polonês, a França, Alemanha e Dinamarca anunciaram que contribuirão com caças e outros recursos militares para uma defesa aérea aprimorada da Polônia. O Reino Unido também deve participar da missão, batizada de Eastern Sentry, que será expandida do Ártico até o Mar Negro e o Mediterrâneo para combater melhor mísseis e drones.

O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa da OTAN na sexta-feira. Mark Rutte, secretário-geral da aliança, enfatizou que o esforço não se limitará a capacidades militares tradicionais, mas também incluirá elementos focados especificamente no combate a drones.

O incidente ocorreu na madrugada de quarta-feira, quando 21 drones russos, supostamente iscas desarmadas, cruzaram a fronteira polonesa. Apenas três ou quatro foram abatidos, e um deles chegou a penetrar 257 quilômetros no país, forçando o fechamento de quatro aeroportos.

Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha sugerido que o ataque poderia ter sido um “erro”, as autoridades polonesas foram mais diretas. O primeiro-ministro Donald Tusk postou nas redes sociais que “não foi um erro. E sabemos disso”.

Rutte, no entanto, evitou tirar conclusões definitivas. Ele declarou que a avaliação da OTAN sobre o incidente está em andamento, mas reforçou que, independentemente da intenção, “a Rússia violou o espaço aéreo da OTAN”, o que exige uma resposta. Ele ainda destacou que a “irresponsabilidade da Rússia no ar ao longo do nosso flanco leste está se tornando cada vez mais frequente”.

O general Alexus Grynkewich, chefe militar da OTAN, descreveu a interceptação dos drones por caças holandeses como uma “operação altamente bem-sucedida”, mas ressaltou a importância de aprender com o incidente. Ele observou que a “escala da incursão” levantou preocupações e que recursos adicionais serão essenciais para lidar com o problema.

Contribuições militares e reações internacionais

A Dinamarca contribuirá com dois jatos F-16 e uma fragata antiaérea, a França com três caças Rafale, e a Alemanha com quatro Typhoons. O Reino Unido, que havia expressado sua disposição de apoiar, pode enviar até seis Typhoons, segundo sugestões de autoridades britânicas.

Enquanto isso, a Rússia afirmou que as negociações de paz com a Ucrânia estão paralisadas. Dmitry Peskov, porta-voz de Vladimir Putin, mencionou uma “pausa” nas conversas.

Em Kiev, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy disse que não há sinais de que as ambições da Rússia de dominar o país tenham mudado. Recebendo o enviado de Trump, Keith Kellogg, Zelenskyy chegou a oferecer-lhe cidadania em troca da garantia de que Kiev não seria bombardeada durante sua visita.

A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, também esteve em Kiev, em sua primeira viagem ao exterior desde que assumiu o cargo. Ela anunciou um novo pacote de sanções à Rússia, reiterando o apoio britânico à Ucrânia. “O Reino Unido não ficará de braços cruzados enquanto Putin continua sua invasão bárbara”, declarou Cooper.

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