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Oposição lança ataque feroz contra a escolha polêmica da camisa vermelha para a Seleção Brasileira

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A notícia de que a camisa reserva da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026 poderá ser predominantemente vermelha causou grande debate entre os torcedores. Essa escolha inédita na história da participação do Brasil no torneio despertou a curiosidade e gerou opiniões divergentes. Em meio à polêmica, surge a questão: o que diz o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre essa possível mudança?

A repercussão ganhou força com a manifestação de figuras políticas. O deputado federal Flávio expressou seu descontentamento, classificando a ideia como uma tentativa de “desfigurar” a identidade nacional. Para o parlamentar, substituir o tradicional verde e amarelo pelo vermelho não encontra identificação, história ou justificativa, representando uma investida contra o que define a brasilidade. Ele enfatizou que a bandeira brasileira não é vermelha e conclamou a um repúdio veemente dessa possível alteração.

Nikolas Ferreira levantou suspeitas sobre a alteração da cor da camisa da seleção brasileira, sugerindo que a mudança poderia ter motivações políticas. Ele insinuou que a esquerda, que teria deixado de usar a camisa amarela devido à associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, poderia agora adotar o novo uniforme vermelho em suas manifestações.

Em sua publicação no Instagram, Ferreira questionou a necessidade de identidade e apontou para a influência de um juiz na CBF. Ele destacou a coincidência da mudança para o vermelho, sugerindo que a esquerda poderia usar a nova camisa em futuras manifestações, após terem evitado o uso da amarela.

Arthur Maia, ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, também se pronunciou, ressaltando que a seleção é um dos símbolos mais importantes do país e que suas cores deveriam estar intrinsecamente ligadas à bandeira nacional. Maia manifestou seu “veemente protesto” contra a “esdrúxula ideia” de mudar a cor da segunda camisa para o vermelho, defendendo a manutenção do verde, amarelo e azul celeste, cores tradicionais da seleção.

A informação sobre a possível cor vermelha para o segundo uniforme foi divulgada pelo site inglês Footy Headlines, especializado em camisas de futebol. Segundo o site, a produção da nova camisa reserva para a Copa de 2026 não será da Nike, mas sim da Jordan. Embora o tom exato de vermelho e o design completo ainda não tenham sido revelados, as primeiras indicações apontam para “uma base vermelha moderna e vibrante”. Caso se confirme, esta será a primeira vez que a seleção brasileira utilizará uma cor fora dos tons de sua bandeira na camisa dos jogadores.

Atualmente, o uniforme reserva da seleção apresenta detalhes de listras onduladas em diferentes tons de azul. A previsão é que a nova camisa esteja disponível a partir de março de 2026.

Enquanto a polêmica sobre a camisa se desenrola, a seleção brasileira segue em busca da classificação para a Copa do Mundo de 2026. Sem um técnico definido desde a saída de Dorival Junior, a equipe ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, com 21 pontos, dez a menos que a líder Argentina e seis à frente da Venezuela, que atualmente está na zona de repescagem.

O que diz o estatuto da CBF

Para concretizar a ideia de uma camisa reserva vermelha para a Copa de 2026, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esbarra em seu próprio estatuto. O capítulo 3 do documento, dedicado aos símbolos da entidade – bandeira, emblema e uniformes –, estabelece claramente, no inciso 3 do artigo 13, as cores permitidas, e o vermelho não figura entre elas. Isso significa que a CBF precisaria promover uma alteração em suas normas internas para seguir adiante com essa iniciativa.

Conforme o estatuto, os uniformes da seleção devem adotar as cores presentes na bandeira da CBF, que coincidem com as da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco.

O documento ressalva que não é obrigatório incluir todas essas cores em um único uniforme e abre uma exceção para o uso de outras tonalidades em edições comemorativas. Um exemplo recente foi a camisa preta utilizada no amistoso contra a Espanha em março de 2024, que se tornou uma ação conjunta das seleções contra o racismo.

Além da possível predominância do vermelho, outra novidade é a marca responsável pela fabricação da peça. Apesar de ser produzida pela Nike, a camisa levará o selo de Michael Jordan, uma marca subsidiária da fornecedora americana. Dessa forma, o uniforme exibirá a silhueta do ex-jogador da NBA em vez do tradicional logo da Nike, seguindo um modelo já adotado pelo Paris Saint-Germain.

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