Objeto interestelar 3I/ATLAS choca astrônomos com descoberta surpreendente

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O cometa interestelar 3I/ATLAS está se aproximando do Sol, e novas imagens do telescópio Gemini Sul, no Chile, revelam uma cauda impressionante e em crescimento. A descoberta anima os astrônomos, pois a cauda se desenvolveu antes do esperado e poderá fornecer pistas cruciais sobre a composição e a origem do objeto.

Segundo a astrônoma Karen Meech, da Universidade do Havaí, as observações buscavam entender a cor e a química do cometa para determinar sua composição. A equipe ficou surpresa com o crescimento da cauda, que sugere uma mudança nas partículas do cometa em comparação com imagens anteriores.

O cometa 3I/ATLAS é diferente de outros objetos interestelares já estudados. Sua cauda começou a se formar mais cedo do que o normal, ainda na órbita de Júpiter, por causa de uma concentração incomum de gelo de dióxido de carbono. Esse tipo de gelo sublima, ou seja, passa do estado sólido para o gasoso, em temperaturas mais baixas do que o gelo de água, o que explica a precocidade do fenômeno.

À medida que o cometa se aproxima do Sol, o calor faz com que seus gelos se transformem em gás, criando uma atmosfera difusa e, por fim, a cauda. As caudas dos cometas são sempre formadas pela pressão da radiação solar e apontam para longe da estrela.

O 3I/ATLAS fará sua aproximação máxima do Sol (periélio) em 29 de outubro de 2025. O objeto passará pela órbita de Marte sem chegar perto da Terra. As observações continuam, e os cientistas esperam coletar mais dados para decifrar a composição e a história desse visitante misterioso, que, segundo Karen Meech, nos lembra que “nosso Sistema Solar é apenas uma parte de uma galáxia vasta e dinâmica.”

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