Noruega e Reino Unido unem forças em acordo militar histórico para conter a Rússia no Ártico
A Noruega anunciou que o Reino Unido será seu parceiro estratégico na aquisição de fragatas da classe City, em um acordo bilionário avaliado em cerca de 10 bilhões de libras (US$ 13,51 bilhões). Esse é o maior investimento militar já feito pelo país nórdico e representa um passo crucial para reforçar a postura estratégica da OTAN na disputada região do Ártico, onde a Rússia tem aumentado sua presença.
O acordo prevê a construção das fragatas Tipo 26 pela BAE Systems em Glasgow, na Escócia, o que deve sustentar mais de 4 mil empregos no Reino Unido. As fragatas são equipadas com tecnologia de ponta, incluindo armas e sensores avançados, e foram projetadas para combater ameaças emergentes, como a crescente atividade de submarinos russos no Atlântico Norte.
Uma aliança crucial em um cenário de crescente tensão
O Ártico se tornou um ponto estratégico de competição global, com o derretimento do gelo abrindo novas rotas marítimas e acesso a recursos. A Noruega, que faz fronteira com a Rússia e possui infraestrutura vital na região, tem sido alvo de ameaças diretas. Recentemente, hackers russos foram responsáveis por um ataque cibernético que assumiu o controle de uma barragem hidrelétrica norueguesa, destacando a vulnerabilidade da infraestrutura do país.
O acordo entre Reino Unido e Noruega é visto como uma resposta direta a essas ameaças. Juntos, os dois países mobilizarão uma frota de 13 fragatas, que terão como missão principal proteger a infraestrutura crítica e os cabos submarinos, além de caçar submarinos russos.
Líderes de ambos os países celebraram o acordo. O primeiro-ministro do Reino Unido, John Healey, classificou o pacto como uma maneira de aprofundar a parceria estratégica e fortalecer a capacidade de as duas marinhas atuarem juntas. Já o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, ressaltou a decisão de escolher os navios britânicos em detrimento de propostas de outros países como um sinal de “profunda confiança bilateral” e de prioridades de defesa compartilhadas.
