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Netanyahu ataca furiosamente a França, Canadá e Reino Unido enquanto Londres impõe sanções a Israel por ofensiva em Gaza

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O Reino Unido intensificou drasticamente sua resposta à violência contra os palestinos em Gaza, impondo novas sanções a Israel e suspendendo as negociações comerciais com o país. A medida foi anunciada em meio a crescentes críticas internacionais à ofensiva militar israelense.

O secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, informou que a embaixadora israelense no Reino Unido, Tzipi Hotovely, seria convocada ao Ministério das Relações Exteriores. Lá, ela seria comunicada de que o bloqueio de 11 semanas à ajuda humanitária a Gaza tem sido “cruel e indefensável”.

Reação de Netanyahu e Pressão Internacional

Em resposta às ações britânicas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, atacou veementemente os líderes da França, do Reino Unido e do Canadá. A reação de Netanyahu veio após os três países ameaçarem “sanções direcionadas” à nova ofensiva militar de Israel em Gaza.

Em uma declaração conjunta divulgada na segunda-feira, os chefes de governo britânico, francês e canadense condenaram a situação humanitária “intolerável” no enclave costeiro e instaram Israel a cessar sua intensificada campanha. Eles reconheceram o ataque “hediondo” do Hamas em 7 de outubro, mas enfatizaram que a escalada militar israelense é “totalmente desproporcional”.

“Não ficaremos parados enquanto o governo Netanyahu realiza essas ações atrozes. Se Israel não cessar a nova ofensiva militar e suspender suas restrições à ajuda humanitária, tomaremos novas medidas concretas em resposta”, declararam Keir Starmer (Reino Unido), Emmanuel Macron (França) e Mark Carney (Canadá).

Netanyahu, por sua vez, criticou a intervenção conjunta nas redes sociais, afirmando que ao pedir o fim da guerra defensiva de Israel e exigir um estado palestino, os líderes europeus estariam “oferecendo um prêmio enorme pelo ataque genocida contra Israel em 7 de outubro, ao mesmo tempo em que convidam mais atrocidades semelhantes”. Ele ainda acrescentou que Israel “aceita a visão do Presidente Trump”, em aparente referência a uma proposta controversa para Gaza.

Aliados Ocidentais azedam Relações com Israel

A declaração conjunta reflete um azedamento geral nas atitudes dos aliados ocidentais de Israel em relação à sua ofensiva militar em Gaza, lançada após o ataque transfronteiriço do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses.

Recentemente, Macron já havia manifestado publicamente seu desacordo com Netanyahu, pedindo a suspensão das entregas de armas a Israel e propondo o reconhecimento francês de um estado palestino.

Os Países Baixos também solicitaram à União Europeia (UE) uma revisão de sua parceria com Israel, diante da desastrosa situação humanitária em Gaza, onde mais de 50.000 palestinos foram mortos e centenas de milhares enfrentam fome e doenças devido ao ataque militar israelense.

A França intensificou a pressão nesta terça-feira, ao se manifestar favorável à proposta holandesa de revisão do acordo de associação da UE com Israel. O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, afirmou que, embora não seja do interesse de ninguém encerrar o acordo, “a situação em Gaza nos obriga a aumentar a pressão”.

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