Netanyahu ameaça “resposta avassaladora ” enquanto Irã garante estar pronto para o pior
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou uma mensagem contundente ao governo do Irã nesta segunda-feira, garantindo que qualquer ofensiva contra o território israelense resultará em uma contraofensiva de proporções drásticas.
A declaração ocorreu em Jerusalém, durante uma cúpula trilateral que reuniu o líder israelense, o presidente do Chipre, Nikos Christodoulides, e o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis. Netanyahu enfatizou que o Estado judeu não tolerará agressões e que a resposta de Tel Aviv será “muito severa” caso Teerã decida avançar com ações militares.
Durante o encontro com os líderes europeus, Netanyahu revelou que Israel está monitorando de perto as recentes movimentações e exercícios militares realizados pelas forças iranianas. O premiê aproveitou a oportunidade para enviar um recado a governantes que, segundo ele, buscam restaurar domínios imperiais na região, afirmando que tais ambições não serão concretizadas.
Além da prontidão militar interna, o líder israelense confirmou que o cenário de tensão no Oriente Médio será o tema central de uma reunião estratégica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agendada para o dia 29 de dezembro, em Miami.
Irã reforça prontidão e critica apoio ocidental
Por outro lado, a diplomacia iraniana reagiu às pressões, atribuindo a instabilidade regional à conduta de Israel. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, afirmou que Tel Aviv atua com “total impunidade” devido ao respaldo político recebido dos Estados Unidos e de nações europeias.
Questionado sobre a possibilidade de sofrer novos ataques ou até mesmo uma operação militar em larga escala coordenada por Washington, Araghchi declarou que seu país não descarta esse cenário, mas assegurou que as defesas iranianas estão em seu nível máximo de prontidão, superando inclusive a preparação demonstrada em confrontos anteriores.


