Moção em BH torna Alexandre de Moraes “persona non grata”
Em um ato de cunho simbólica, a Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou uma moção para declarar o ministro do STF, Alexandre de Moraes, como “persona non grata” na capital mineira. Proposta pelo vereador Pablo Almeida (PL), a moção foi aprovada por maioria na segunda-feira, um dia antes de Moraes votar no caso sobre a trama golpista.
A medida não tem validade legal, mas expressa um descontentamento político. Segundo o vereador Almeida, o motivo seriam supostos “abusos” cometidos pelo ministro em inquéritos do STF, e ele ainda alegou que Moraes teria sido alvo de sanções financeiras nos Estados Unidos, o que o tornaria um “pária”.
Em resposta, Moraes disse não se intimidar com as acusações e defendeu sua atuação para garantir a soberania nacional e a democracia. Ele criticou as tentativas de interferência em seu trabalho e afirmou que “a impunidade, omissão e covardia não são opções para a pacificação”.
A moção gerou críticas de parlamentares do PT e PSOL, que questionaram a legalidade do ato e o classificaram como “capricho político”. Além disso, uma outra moção, que apoiava a atuação de Moraes no processo de prisão domiciliar de Bolsonaro, foi rejeitada no mesmo dia.
