Michelle Bolsonaro responde a enteados e mantém rejeição a Ciro Gomes
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se manifestou nesta terça-feira sobre o atrito público com os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo seu direito de criticar a aproximação do PL do Ceará com o ex-governador Ciro Gomes, hoje filiado ao PSDB. Em nota publicada nas redes sociais durante a madrugada, Michelle declarou: “Eu respeito a opinião dos meus enteados, mas penso diferente e tenho o direito de expressar meus pensamentos com liberdade e sinceridade.” A polêmica começou no domingo, durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão ao governo do Ceará, quando a ex-primeira-dama condenou a articulação conduzida pelo deputado federal André Fernandes, que visa uma aliança com Ciro.
A ex-primeira-dama reconheceu que o atual momento de “perseguição” pode deixar “os nervos à flor da pele”, o que pode levar a ferir “aqueles a quem jamais gostaríamos de magoar,” em uma referência velada às críticas que recebeu do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que a chamou de “autoritária” após seu discurso. Na nota, Michelle buscou o perdão dos enteados, assegurando que não teve a intenção de contrariá-los ou magoá-los, mas reiterou sua posição firme sobre a aliança política.
“Raposa política” e incoerência de valores
Michelle Bolsonaro reafirmou sua oposição veemente a Ciro Gomes, a quem classificou como “raposa política” e “perseguidor”. Ela argumentou que jamais poderia apoiar um político que constantemente ataca seu marido, usando termos como “ladrão de galinha” e “genocida,” e que causou tanto mal a sua família. Para a ex-primeira-dama, a direita precisa manter a coerência de seus valores para derrotar o PT e a esquerda, afirmando categoricamente que Ciro Gomes “não é e nunca será de direita,” e que ele “nunca defenderá os nossos valores.”
O papel de esposa e a vontade de Jair
A ex-primeira-dama defendeu sua manifestação no Ceará como um ato de esposa, dizendo que seu dever é defender o marido de situações que ela acredita serem prejudiciais. Ela concluiu o posicionamento ressaltando sua autonomia política e familiar. Michelle afirmou que aqueles que defendem a aliança são livres para fazê-lo, mas não devem criticá-la por não aceitar. Ela ainda frisou não saber qual é a “vontade do Jair” em relação à polêmica aliança, dando a entender que sua oposição é independente de uma diretriz do ex-presidente.


