Meteorologia aciona nível máximo de alerta para onda de calor extremo em seis estados e no DF
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou o nível de atenção e ampliou para esta terça-feira (30) o aviso de calor de “grande perigo”, o patamar mais alto da escala de riscos climáticos. A medida atinge diretamente os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.
O alerta indica que as temperaturas registradas estão significativamente acima da média histórica para o período, o que representa um risco severo à saúde da população e exige hidratação constante e cuidados com a exposição solar.
O Sudeste tem sido o epicentro de uma “fervura” climática nos últimos dias. Levantamentos recentes apontam que algumas capitais registraram desvios de temperatura superiores a 7°C em relação ao normal para dezembro. São Paulo viveu um momento histórico ao atingir marcas nunca vistas desde o início da consolidação de dados pelo Inmet, em 1961.
O cenário foi ainda mais extremo no interior paulista, onde cidades como Pedro de Toledo, Miracatu e Itaóca romperam a barreira dos 40 °C, chegando a registrar picos de até 42 °C.
Mudança na previsão e a chegada das instabilidades
Embora houvesse a expectativa de que o calor começasse a ceder na segunda-feira, a dinâmica da atmosfera adiou o alívio térmico. No entanto, meteorologistas agora preveem uma mudança consolidada a partir de quarta-feira. A virada no tempo será impulsionada por uma área de baixa pressão localizada no Paraguai, que deve desestabilizar a atmosfera e favorecer a formação de nuvens carregadas. Esse sistema será o responsável por romper o bloqueio de ar seco e quente, permitindo a circulação de correntes mais úmidas sobre o território brasileiro.
Alerta de temporais e chuvas volumosas no Sul
Com o recuo da onda de calor, uma extensa faixa de instabilidades deve se formar, abrangendo desde o Rio Grande do Sul até Minas Gerais, além de trechos do Amazonas e do Norte do país. O destaque para o volume de chuva recai sobre Florianópolis, onde a previsão indica acumulados de até 80 milímetros.
Esse volume é considerado elevado para um curto período e pode gerar transtornos urbanos e alagamentos na região. A tendência é que, após a passagem dessas tempestades, as temperaturas retornem a patamares mais típicos do verão, mantendo o clima quente, porém sem os recordes extremos registrados nos últimos dias.


