Médico revela condição de saúde de Bolsonaro que se torna motivo de preocupação em meio à série de cirurgias
O ex-presidente Jair Bolsonaro continua enfrentando um quadro de saúde delicado, marcado por crises recorrentes de soluços que se intensificam quando ele fala muito ou se exalta. O médico Cláudio Birolini, que o acompanha desde a última cirurgia abdominal em abril, confirmou ao GLOBO que os episódios são tão fortes que chegam a provocar reflexos de vômito.
Segundo Birolini, o vômito “auxilia na interrupção dos soluços” e o ex-presidente está em tratamento medicamentoso para controlar e prevenir as crises, cuja causa permanece indefinida.
Preocupação e visitas de aliados
Aliados que visitaram Bolsonaro, que está em prisão domiciliar no Jardim Botânico, em Brasília, desde agosto, relatam que ele está abatido e debilitado. O quadro piorou na segunda-feira, quando a família chegou a cogitar a internação após pelo menos quatro episódios intensos de vômito. O médico Birolini foi chamado às pressas, mas descartou a hospitalização imediata.
Apesar da fragilidade, Bolsonaro tem recebido uma série de aliados políticos:
- O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que defendeu a anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro.
- A deputada Caroline De Toni (PL-SC), que descreveu o estado do ex-presidente como “bem delicado”.
- O senador Esperidião Amin (PP-SC), o senador Magno Malta (PL-ES), e o deputado Delegado Caveira (PL-PA).
Pedidos de encontro no STF
A defesa de Bolsonaro protocolou quatro pedidos no Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele possa receber outros aliados, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Os advogados justificaram os encontros como necessários para o “diálogo pessoal e político”, mas as autorizações dependem de decisão do ministro Alexandre de Moraes.
O histórico médico de Bolsonaro é marcado por complicações desde a facada em 2018, incluindo uma complexa cirurgia de reconstrução abdominal em abril de 2025.
