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Marco Rubio: ‘teremos respostas em breve sobre medidas dos EUA contra condenação de Bolsonaro

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A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado está gerando uma crise diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Em entrevista recente, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou que os EUA tomarão medidas em resposta à decisão judicial. Embora não tenha detalhado as ações, ele prometeu que haverá anúncios nos próximos dias.

A pena de 27 anos e três meses de prisão imposta a Bolsonaro foi resultado de uma decisão da Primeira Turma do STF, que também condenou outros sete réus. A conclusão dos votos ocorreu na última quinta-feira.

Reações dos EUA e as Críticas ao STF

As críticas ao julgamento do STF não se limitam a Rubio. O secretário de Estado classificou os ministros como “juízes ativistas” que estariam perseguindo Bolsonaro. Ele ainda acusou o tribunal de tentar punir cidadãos americanos por meio de medidas “extraterritoriais”.

A insatisfação com a condenação foi ecoada por outras figuras políticas importantes. O presidente dos EUA, Donald Trump, descreveu o veredito como “terrível” e se disse “muito insatisfeito” com o resultado. Trump comparou o caso de Bolsonaro aos processos judiciais que ele próprio enfrentou, afirmando que o ex-presidente brasileiro é “um bom homem”.

A tensão nas relações bilaterais também foi destacada pelo vice-secretário de Estado, Christopher Landau, que afirmou que a relação entre Brasil e EUA está no “ponto mais sombrio em dois séculos”.

Ameaças econômicas e militares

A postura dos EUA vai além de declarações. Em julho, Trump já havia enviado uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a intenção de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A justificativa para a medida incluía a “caça às bruxas” contra Bolsonaro. O governo norte-americano também iniciou uma investigação comercial, acusando o Brasil de práticas desleais de comércio.

Além das ameaças econômicas, há indícios de uma escalada ainda maior. Na semana passada, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, mencionou que os EUA estão dispostos a “usar meios militares” para “proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, em uma clara referência ao caso de Bolsonaro. Leavitt enfatizou a liberdade de expressão como a questão mais importante da atualidade e afirmou que as ações contra o Brasil são motivadas por esse princípio.

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