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Mão morta da Rússia: a sombra nuclear que paira sobre os EUA

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Uma crescente troca de acusações entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, escalou para um alerta nuclear. Medvedev fez uma ameaça velada sobre a capacidade nuclear russa conhecida como “mão morta”, o que levou Trump a ordenar o envio de dois submarinos nucleares dos EUA como medida de precaução.

A escalada verbal começou com a insistência de Trump para que a Rússia encerre a guerra na Ucrânia, culminando em um ultimato para que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite um acordo até 8 de agosto. Em resposta, Medvedev acusou Trump de “jogar um jogo de ultimato”, alertando que a postura do americano poderia levar a um conflito direto entre as duas potências.

Ameaça da “Mão Morta”

Em uma postagem em suas redes sociais, Medvedev aconselhou Trump a “lembrar-se de seus filmes favoritos sobre ‘mortos-vivos’ e o quão perigosa a chamada ‘mão morta’ pode ser”. A “mão morta” é o apelido do sistema de controle nuclear russo, conhecido como Perimeter, que supostamente permite um ataque de retaliação em massa mesmo se a liderança do país for eliminada.

O sistema da era da Guerra Fria foi confirmado pelo general russo Sergey Karakaev em 2011, que afirmou que ele poderia destruir os EUA em apenas 30 minutos. Em resposta a essa ameaça, Trump ordenou o posicionamento de submarinos nucleares americanos. “Tivemos que fazer isso”, disse Trump. “Um ex-presidente da Rússia fez uma ameaça e vamos proteger nosso povo.”

Apesar de os EUA terem um sistema de monitoramento de radiação para detectar mísseis, eles nunca desenvolveram um mecanismo de disparo automático como o russo, o que, segundo especialistas, pode justificar a cautela e a resposta rápida de Trump.

A troca de ameaças ocorreu após um ataque devastador da Rússia em Kiev, capital da Ucrânia, que resultou na morte de dezenas de pessoas, incluindo uma criança de seis anos. Trump tem expressado frustração com Putin, apesar de ter afirmado que se “dava bem” com o líder russo. Ele criticou Putin por realizar ataques logo após conversas telefônicas supostamente positivas.

As críticas de Trump a Medvedev – a quem chamou de “presidente fracassado” – são vistas como uma tentativa de se distanciar de Putin, enquanto mantém a pressão sobre a Rússia para encerrar a guerra na Ucrânia. O ultimato de Trump sobre a guerra na Ucrânia, que foi antecipado, e a escalada de ameaças nucleares levantam sérias preocupações sobre o futuro das relações entre as duas maiores potências nucleares do mundo.

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