Lula perdendo terreno no cenário internacional e na aprovação popular, aponta The Economist
A The Economist, influente revista britânica, publicou críticas contundentes à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a publicação, Lula estaria “perdendo influência no exterior” e enfrentando uma “crescente impopularidade” no Brasil. O artigo aponta que a postura do governo brasileiro o torna “mais hostil ao Ocidente”, exemplificando com a falta de aproximação com os Estados Unidos desde a posse de Donald Trump em 2025. Internamente, a revista atribui a queda de aprovação de Lula ao avanço do número de evangélicos no país e à persistente associação do PT à corrupção.
A matéria ainda destaca o “tom agressivo” do Ministério das Relações Exteriores em relação ao conflito Israel-Irã, mencionando a nota de condenação aos ataques dos EUA a instalações iranianas. A The Economist sugere que a cúpula do Brics pode fortalecer os laços entre Brasil e Irã, o que, para a revista, faz o Brasil parecer “cada vez mais hostil ao Ocidente”.

Além da distância dos EUA, o texto critica a preferência de Lula por se aproximar de líderes como Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia), apesar de reconhecer uma aproximação com a Europa. A revista ainda aponta a relutância de Lula em dialogar com o presidente argentino, Javier Milei, por “diferenças ideológicas”.
A análise da The Economist conclui que a impopularidade de Lula se deve também à “guinada do país para a direita”, reforçada pela ascensão evangélica e a percepção de corrupção ligada ao PT. A matéria contrasta essa situação com a articulação entre o movimento MAGA nos EUA e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, apesar da iminente prisão de Bolsonaro por supostamente planejar um golpe, a revista prevê que a união da direita sob um sucessor pode garantir a presidência em 2026.
