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Lituânia alerta população para construção de abrigos antiaéreos à medida que crescem os receios de guerra com a Rússia

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Em um cenário de escalada nas tensões com a Rússia, a Lituânia — nação báltica que faz fronteira com a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado — intensificou o alerta e pediu que seus cidadãos se preparem para a guerra, incluindo o preparo de abrigos antiaéreos.

O apelo das autoridades ocorre em um momento em que o presidente russo, Vladimir Putin, ameaça com retaliação rápida contra a Europa se for provocado, afirmando que as elites europeias “continuam a fomentar a histeria” e levam a guerra “quase à beira do abismo.”

Preparação civil e desafios de abrigos

A Lituânia tem se preparado há mais de um ano devido à sua localização estratégica e aos exercícios militares conjuntos entre a Rússia e sua aliada, a Bielorrússia (exercícios Zapad).

  • Capacidade Atual: O governo informou que há 6.453 abrigos no país, com capacidade para cerca de 1,5 milhão de pessoas (aproximadamente 54% da população).
  • Ação Local: Na capital, Vilnius, porões de edifícios estão sendo adaptados para servir de refúgio. Segundo um síndico, moradores concordaram que era preciso “se preparar para o pior”.

Desafios: Críticos alertam que muitos abrigos estão desatualizados ou são insuficientes. Mais da metade dos municípios enfrenta escassez, e alguns abrigos “existem apenas no papel”.

O Conselho Municipal de Vilnius prometeu modernizar 32 locais para estarem prontos em até 12 horas. O Ministério do Interior também investiu dezenas de milhões de euros em defesa civil, inspirando-se em países como Finlândia e Suíça, onde novos edifícios já devem ser equipados com abrigos antiaéreos.

Autoridades reconhecem a dificuldade de persuadir a população a se preparar sem causar pânico, mas consideram irresponsável não abordar o tema.

Alerta e clima de guerra na Europa

A Lituânia, membro da OTAN e da UE, já aprovou um plano de evacuação de guerra para levar moradores vulneráveis a locais seguros, enquanto os aptos a lutar apoiariam o exército. O governo também lançou um mapa interativo de abrigos e um guia de sobrevivência para 72 horas de crise.

Embora o Kremlin negue planos de atacar a OTAN, o conflito na Ucrânia, o mais mortal desde a Segunda Guerra Mundial, desencadeou o pior confronto entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba.

Outros países europeus também estão em alerta máximo:

  • Finlândia, que compartilha uma longa fronteira com a Rússia, está fortalecendo suas defesas.
  • Houve apelos para que a Suécia construa armas nucleares como forma de dissuasão.
  • Vários membros da OTAN estão em alerta após provocações russas no flanco leste, como voos de caças russos sobre o espaço aéreo da Estônia.

Muitos países, incluindo Reino Unido, Polônia e Alemanha, emitiram alertas contra novas agressões russas.

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