Libertação de reféns do Hamas nesta segunda-feira precede chegada de Trump a Israel

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A libertação dos reféns mantidos por grupos terroristas na Faixa de Gaza está programada para começar na manhã desta segunda-feira, conforme anunciado pelo Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel. O processo, que envolve uma complexa troca de prisioneiros e tem sido objeto de intensas negociações, prevê a soltura dos reféns vivos entre 4h e 6h, embora o horário ainda possa sofrer alterações. A Cruz Vermelha será notificada duas horas antes do início da operação.

O grupo terrorista Hamas deve libertar um total de 48 reféns — 20 vivos e 28 supostamente mortos — até o meio-dia de segunda. Em troca, Israel iniciará a libertação de cerca de 2.000 prisioneiros de segurança palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua, assim que confirmar o recebimento dos reféns vivos e dos corpos que o Hamas puder entregar no prazo.

A logística da troca envolve a entrega dos reféns em três locais diferentes em Gaza, e o Hamas já concluiu a contagem e transferência dos cativos em preparação para a libertação. Representantes do Hamas e da Cruz Vermelha devem se reunir na noite de domingo para definir os mecanismos finais da entrega.

Desafios e pressão do cronograma

O Hamas alertou Israel que pode não conseguir localizar todos os corpos dos reféns mortos dentro do prazo estabelecido. Autoridades israelenses confirmaram que as famílias de alguns reféns mortos foram informadas de que a devolução dos restos mortais pode não ocorrer na segunda-feira ou na primeira fase do acordo. A dificuldade em encontrar todos os corpos nos escombros de Gaza é um fator reconhecido por Israel.

Houve também relatos de que o Hamas se ofereceu para antecipar a libertação para a noite de domingo, possivelmente em troca da inclusão de prisioneiros de segurança palestinos de alto perfil que Israel se recusou a libertar. Fontes da mídia hebraica sugeriram que o grupo terrorista estaria sinalizando o desejo de concluir a troca antes da chegada do presidente dos EUA, Donald Trump.

Visita de Donald Trump a Israel

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem chegada prevista a Israel às 9h20 de segunda-feira para uma visita curta, de menos de quatro horas, durante a qual se reunirá com ex-reféns e seus familiares, além de discursar no Knesset. Em seguida, ele seguirá para uma cúpula no Egito, onde se espera a aprovação de seu plano de paz completo para Gaza. Autoridades israelenses de defesa afirmaram que os preparativos foram concluídos e a expectativa é de que a totalidade dos reféns seja libertada antes da chegada de Trump.

Controvérsias na lista de prisioneiros

As negociações continuam tensas em relação à lista de prisioneiros palestinos a serem libertados. O Hamas insiste na inclusão de figuras como Marwan Barghouti e Ahmad Sa’adat, condenados por terrorismo. Contudo, Israel se opõe à libertação de Barghouti. O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, também pressiona o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu para deportar vários prisioneiros condenados por assassinato ou tentativa de homicídio, em vez de liberá-los para a Cisjordânia.

Paralelamente, a mídia palestina informou que as Forças de Defesa de Israel (IDF) iniciaram incursões nas casas de prisioneiros a serem soltos na Cisjordânia, com advertências às famílias contra celebrações públicas ou manifestações de apoio ao terrorismo.

O presidente israelense, Isaac Herzog, classificou o acordo como “doloroso” em parte, mas um “momento histórico” com potencial para remodelar o Oriente Médio, enquanto o ministro Ben Gvir indicou publicamente apoio à retomada dos combates em Gaza após a libertação dos reféns.

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