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Julgamento no STF: Moraes e Dino votam contra recursos da defesa de Bolsonaro e outros réus do “Núcleo Crucial” em ação por tentativa de golpe

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O julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os recursos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros seis réus condenados por tentativa de golpe de Estado aponta para a manutenção das condenações. Nesta sexta-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, votou pela rejeição dos embargos de declaração apresentados pelos advogados.

O ministro Flávio Dino acompanhou o voto de Moraes em todos os casos, consolidando o placar em 2 a 0 contra os recursos no início do julgamento. Os embargos de declaração são recursos que buscam esclarecer eventuais contradições ou omissões em decisões judiciais.

Votos contrário aos recursos

O voto do relator foi desfavorável aos recursos apresentados por todos os réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal:

RéuVotos Contra Recursos (Moraes e Dino)
Jair Bolsonaro (PL) (ex-presidente)2
Alexandre Ramagem (deputado federal PL-RJ e ex-diretor da Abin)2
Almir Garnier (almirante e ex-comandante da Marinha)2
Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF)2
Augusto Heleno (general da reserva e ex-ministro-chefe do GSI)2
Paulo Sérgio Nogueira (general da reserva, ex-ministro da Defesa e ex-comandante do Exército)2
Walter Souza Braga Netto (general da reserva, ex-ministro da Defesa e Casa Civil e ex-candidato a vice)2

Argumentos pela manutenção da sentença

Em seu voto de 141 páginas, o ministro Alexandre de Moraes, que também é o relator da ação penal, refutou as alegações da defesa de contradição ou omissão no acórdão condenatório.

Moraes destacou que a dosimetria da pena imposta ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, a maior entre os réus do núcleo 1, foi “amplamente individualizada” e fixada com base nos parâmetros legais.

“Inviável o argumento defensivo suscitando contradição ou omissão na dosimetria da pena, uma vez que o acórdão fundamentou todas as etapas do cálculo da pena em face do recorrente, inclusive especificando a fixação da pena de JAIR MESSIAS BOLSONARO com relação à cada conduta delitiva que o réu praticou,” afirmou o ministro ao rejeitar os embargos do ex-presidente.

O julgamento, que continua em andamento na Primeira Turma do STF, decidirá sobre a manutenção das condenações e das penas impostas aos réus.

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